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Walderez de Barros celebra 50 anos de carreira com clássico de Lorca

'A Casa de Bernarda Alba' mostra sufocamento familiar como metáfora para autoritarismo político

Atriz interpreta viúva que impõe às cinco filhas oito anos de luto e restrições; peça está em cartaz em São Paulo

GABRIELA MELLÃO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Não há de entrar nesta casa nem mesmo um vento da rua", sentencia Walderez de Barros em cena em "A Casa de Bernarda Alba", em cartaz no Teatro Cultura Artística.

A atriz mítica consagrada na TV e no teatro, parceira de Plínio Marcos no palco e fora dele, elegeu o clássico de Federico García Lorca (1898-1936) para comemorar 50 anos de carreira.

Na peça, Bernarda impõe às cinco filhas um luto de oito anos após a morte do marido. Transforma seu lar num misto de cárcere e convento, reprimindo qualquer sinal de desejo ou prazer.

Bernarda simboliza o autoritarismo. "Criada dentro dos padrões conservadores de comportamento, ela quer impedir a transformação. Suas filhas representam o novo, as mudanças", diz Walderez de Barros.

O texto foi a última criação de Lorca, escrito pouco antes da Guerra Civil Espanhola e de o autor ser assassinado. Segundo a atriz, a luta por amor e liberdade travada pelas mulheres em "A Casa de Bernarda Alba" foi um alerta de Lorca. "A peça é uma metáfora do que estaria por vir."

Para Elias Andreato, diretor da montagem, o recorte sombrio do universo feminino convida o público a refletir sobre a condição da mulher na atualidade e o passado político do Brasil.


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