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Peça escrita por Oscar Wilde inspira filme

Crítica de costumes é mote do próximo volume da Coleção Folha Grandes Livros no Cinema, que sai no domingo

Longa 'O Leque de Lady Windermere', dirigido por Otto Preminger em 1949, é cheio de diálogos marcantes

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Os espertos sempre subestimam os ricos, e vice-versa." A observação define bem o universo de "O Leque de Lady Windermere", filme da Coleção Folha Grandes Livros no Cinema que vai às bancas no domingo.

A base do roteiro, dirigido por Otto Preminger em 1949, é a peça homônima de Oscar Wilde, famoso pelo humor sarcástico e por ter ido à cadeia por sua homossexualidade durante a puritana era vitoriana (1837-1901), denunciada em sua obra.

A autora da declaração é a senhora Erlynne, mulher de passado ignorado que chega a Londres com a missão de se firmar na sociedade. "Nunca aposto, exceto com meu futuro", diz ela, em uma das muitas falas marcantes do longa.

A determinação da mulher desperta comentários. "Uma mulher de caráter duvidoso. Tão duvidoso que não deixa dúvida alguma", define o lorde Darlington.

"Ela parece uma edição de luxo de romance francês pecaminoso feito especialmente para o mercado inglês", diz a duquesa de Berwick.

No filme, a misteriosa Erlynne ("O mistério é um ornamento importante no guarda-roupa da aventureira", diz sobre si) encontra um leque sendo leiloado.

Para recuperá-lo, acaba remexendo no próprio passado e no do casal Windermere, formado pelo vistoso lorde Arthur e pela lady Margaret, que é bela, rica, aceita pela sociedade, mas reservada.

"Uma dama só deve ter o nome nos jornais em três ocasiões. Quando nasce, quando casa e quando morre", defende ela.

Apesar disso, a volta ao passado revela um abalo no casamento, tido por perfeito pela sociedade denunciada por Wilde. "Nada como uma vida de mentiras para se perceber como a verdade pode ser eficaz", diz Erlynne.


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