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Análise

De escândalo em escândalo, artista ganha mais espaço na mídia

ALBERTO PEREIRA JR. EDITOR DO "F5"

Sinéad O'Connor clamou em uma carta aberta para que Miley Cyrus não deixasse a indústria prostituí-la. O conselho de quem já viveu no olho do furacão se transformou em mais uma das polêmicas e manchetes de sites, jornais e revistas que adotaram a ex-Hannah Montana como a próxima celebridade a ter a "queda" seguida.

Por ora, a cantora tem usado muito bem essa mídia espontânea -e devidamente calculada- para expurgar cada milímetro de seu alter ego mais famoso, a protagonista da série teen exibida entre 2006 e 2011. Assim, pode ressurgir como a "vagabunda" que, pasmem, sempre disse ser. Mudar sua imagem e vender mais discos.

Miley diz no "Saturday Night Live" que Hannah Montana foi assassinada. Vira manchete. Diminui progressivamente o comprimento de roupas e cabelo (moicano, raspado, descolorido, birotes, chifrinhos). Nova manchete.

Namora, noiva e depois termina romance com o galã de Hollywood Liam Hemsworth. Mais um título.

Compartilha nas redes sociais declarações sobre amor igualitário gay e pró-maconha. E diz que cocaína é "nojenta". Mais uma capa.

Junta-se a fotógrafos tarimbados como Terry Richardson, que também a dirigiu nua e toda rebolativa em cima de uma bola de demolição em um vídeo ("Wrecking Ball").

Emula as negras americanas que chacoalham seus traseiros como num stripclub, no VMA. É acusada de racismo e de degradar a honra de uma bailarina anã que participou do ato, embalado pelo lema: "Não podemos parar".

Bem calculada, essa Miley atrai a atenção do jovem adulto que não liga para o mundo cor-de-rosa das princesas, transgride a pasmaceira do pop teen e alimenta a indústria de celebridade. Preocupa os adultos. Mas tudo bem, de acordo com ela, após os 40 anos, eles não transam mesmo, precisam de alguma atividade. Não é Sinéad?


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