Folha de S.Paulo

Crítica

'Fog - A Bruma Assassina' traz o que há de mais obscuro em nós

O bom filme de terror não nos aterroriza, em geral, pelos sustos que pode provocar. Mas pela capacidade de, através desses sustos ou não, despertar o que existe em nós de mais obscuro. Como "Fog - A Bruma Assassina" (TCM, 22h), de John Carpenter. Ou: o que terá sido feito das almas dos que pereceram num naufrágio, ali perto mesmo, há muitos anos?

Porque há um mistério em que o cinema se move melhor talvez do que qualquer outra arte: essa passagem misteriosa do animado ao inanimado --da vida à morte, se se preferir. É quando o terror se manifestará com muito mais intensidade do que nos monstros horrendos criados no computador.

Ainda hoje: "Pânico nas Ruas" (TC Cult, 18h35) e "O Poderoso Chefão" (TCM, 0h50).