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Opinião

Ídolo canadense precisa descobrir a melhor hora para sair de cena

THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

Não é necessário ser o observador mais agudo da cena pop para perceber que Justin Bieber está vivendo o momento difícil de todo ídolo juvenil: aquela hora em que seu público simplesmente desaparece.

As meninas que gritavam e choravam por ele quando tinham 12 anos agora têm 15 ou 16 e acham que não pega bem continuar com isso. E as que agora estão com 12 não querem ídolos de segunda mão.

Para um adolescente, gostar de alguém venerado por gente mais velha --mesmo apenas dois anos mais velha-- é algo inadmissível.

Sem novas fãs, só resta a Bieber tentar evoluir, artisticamente falando. Aí a coisa pega, porque falta tudo: ele canta mal um repertório fraco --dublando nos shows--, é um dançarino simplório e não tem o que dizer em entrevistas.

Quem entende muito da coisa são os japoneses. A parada de sucessos do país é totalmente dominada por cantores e grupos jovens, representantes milionários de uma música pop dançante.

A indústria fonográfica japonesa, ainda muito forte porque foi a que mais rapidamente se adaptou ao mercado virtual, despeja dezenas de novos nomes na mídia a cada ano. Todos eles nascem com prazo de validade.

Nenhum executivo da música naquele país alimenta esperanças de que esses meninos tenham carreiras de mais de três anos. Para a maioria, o terceiro já é considerado lucro. A fórmula manda que cada artista tenha fôlego para três álbuns, e olhe lá.

Depois dessas poucas temporadas furiosas de fama, os integrantes dos grupos saem de cena. Voltam para a escola e viram médicos, engenheiros, cientistas, advogados... E, muitas vezes, cursam faculdade ao lado de ex-tietes.


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