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A rainha da TV vai ao cinema

Atriz mais premiada em séries cômicas televisivas, Julia Louis-Dreyfus encara papel dramático no filme 'À Procura do Amor', que estreia na sexta-feira

MARIANE MORISAWA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, DE LOS ANGELES

Julia Louis-Dreyfus é uma Meryl Streep da TV americana. Neste ano, a atriz quebrou o recorde de Lucille Ball de maior número de indicações ao Emmy, o Oscar da televisão: 14 no total, por três seriados de humor diferentes.

Mas a rainha da comédia da TV agora encara um raro papel no cinema --e um ainda mais raro personagem dramático-- em "À Procura do Amor", filme que estreia na sexta-feira no Brasil.

No filme de Nicole Holofcener, Julia interpreta Eva, uma massagista divorciada que está aterrorizada com a perspectiva de ficar sozinha quando sua única filha for para a faculdade, em poucas semanas.

Numa festa, conhece Albert (James Gandolfini, o Tony de "Família Soprano", em seu penúltimo papel antes de morrer). Ele é um pouco gordo e careca demais para seu gosto, mas os dois têm senso de humor e começam a sair.

Onze dias antes do seu encontro com a Folha, em Santa Mônica, na Califórnia, a atriz tinha levado seu quarto Emmy para casa. "Acho tudo muito surreal. Fico achando que não é verdade", diz.

"Me sinto honrada, mas não fico pensando muito nisso. Estou interessada no meu próximo trabalho." Foi o segundo Emmy consecutivo por sua atuação como Selina Meyer, a vice-presidente perdida no seriado "Veep", da HBO.

Ela também interpretou Elaine Benes em "Seinfeld" (1990-1998), série cômica com seus 180 episódios sobre "o nada": coisas do dia a dia vistas sob o olhar ácido dos quatro personagens principais --além de Elaine, Jerry Seinfeld (vivido pelo próprio), Kramer (Michael Richards) e George Costanza (Jason Alexander).

Julia também levou o mesmo prêmio por "The New Adventures of Old Christine", série sobre uma mãe divorciada às voltas com o ex-marido e sua nova namorada, também chamada Christine.

"À Procura do Amor" é um filme sobre relacionamentos na maturidade que evita os clichês e mostra gente que fala e faz o que não deve. "Adoro interpretar alguém que tenha uma certa estranheza."

QUÍMICA IMEDIATA

Estranheza é o que haveria entre Elaine Benes e Tony Soprano, aposta Julia. A desbocada nova-iorquina de cabelos encaracolados não seria páreo para o mafioso de "Família Soprano" (1999-2007).

"Eles seriam um péssimo par! Tony Soprano a mataria em dez segundos!", diz. "E ele teria toda razão de fazer isso."

No filme, Gandolfini não tem nada de Tony: é doce, de bom coração e bonachão.

A atriz recorda-se do seu primeiro encontro com ele. "Uma das primeiras impressões que tive dele foram suas mãos, enormes como pás. Incluímos uma referência a isso no roteiro", conta. "Houve uma química imediata."

Em junho, quando estava na Itália, Gandolfini teve um ataque cardíaco e morreu, aos 51 anos, sem ver o filme pronto. Para Julia e a diretora Nicole Holofcener, fica o consolo de ter deixado um retrato mais parecido com a personalidade real do ator.


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