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Em seu 1º clipe, Valesca Popozuda mostra que gênero foi à butique

SILAS MARTÍ DE SÃO PAULO

Ela foi de "piranha sem calcinha" à rainha do camarote, trocando sumários biquínis por sobretudos, coroas e collants cheios de paetês.

Um dos maiores nomes do funk no país, Valesca Popozuda vai lançar em breve o primeiro clipe de sua carreira. Com ares de megraprodução, "Beijinho no Ombro", que já tem um trailer no YouTube, atesta que o velho gênero das "cachorras" desceu o morro e foi à butique.

Sua nova canção é um recado às "recalcadas" --aquelas que cuidam mais da vida dos outros do que da própria-- para que "ralem" em vez de invejar seu sucesso.

Embora não destoe do funk, a semelhança na letra com o último hit de Britney Spears, "Work Bitch", em que a americana manda "vadias" trabalharem para comprar Lamborghinis, mostra que a obra das popozudas se aproxima agora da ostentação.

Valesca não inveja carrões, mas ambientou seu clipe num castelo e escalou garotos fortões para dançar só de sunga ao seu lado. Entre as trocas de roupa, além de vestidos e coroas, Valesca encarna até uma espécie de Marilyn Monroe carioca e tropical.

"Hoje eu busco um equilíbrio, um meio termo", diz Valesca. "Depois que me vi na televisão com aquele pernão, aquele bundão, decidi ficar mais feminina. Estou buscando uma coisa mais elegante, mais charmosa, chique."

No caso, tudo continua colado ao corpo. Ela esclarece também que, ao contrário de boatos que circularam na internet, não reduziu as próteses que tem nos glúteos. "Não mexi em nada. Emagreci para ficar mais sofisticada, sem fugir do meu padrão."

Referências também mudaram. Valesca quer copiar --ou "se inspirar"-- no brilho de Beyoncé e no "glamour com atitude" de Rihanna.

Também coincide com o momento de amadurecimento da indústria do funk, gênero que aos poucos deixa a favela para ocupar shoppings, seduzindo a classe média.

"Essa música partiu de uma classe social e agora atinge todas", diz Valesca. "Mas quem gostava do funkão' continua gostando."

Fenômeno recente desses novos tempos, a funkeira Anitta, que já empresta suas curvas a campanhas publicitárias de várias grifes, mostra que há dinheiro a se ganhar com esse processo de "glamourização" do pancadão.

Valesca, que diz admirar Anitta, não a vê como uma concorrente no meio do funk. "Ela é pop. Eu sou funkeira."


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