Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Péricles Cavalcanti mistura ritmos e parcerias em disco

'Frevox', primeiro de inéditas em seis anos, tem participações de Arrigo Barnabé e Tiê

GIULIANA DE TOLEDO DE SÃO PAULO

No recém lançado "Frevox", o nome de Péricles Cavalcanti, 66, só está mesmo sozinho na capa do disco. Já nos créditos das faixas, o que não falta são parcerias.

No álbum, o seu primeiro de inéditas desde "O Rei da Cultura", de 2007, o compositor aparece cantando sozinho apenas em quatro das 18 músicas --dessas, 16 inéditas.

"É quase como um disco coletivo. Foi feito para soar abrangente", diz ele, que contou, entre outras participações, com Arrigo Barnabé, Karina Buhr, Tulipa Ruiz, Tiê, Cachorro Grande, Lurdez da Luz, Lanny Gordin, Marcelo Jeneci e Dudu Tsuda. Até a caligrafia que estampa a capa vem de um amigo, o compositor Arnaldo Antunes.

A pluralidade também está nos ritmos pelos quais o disco passa. Vai do rock ao reggae, do maxixe ao baião, do samba ao blues. "Quero fazer um gênero entrar no outro e por isso junto tudo o que gosto de ouvir", conta.

E misturando vieram as surpresas: a faixa-título nasceu para ser um frevo, mas terminou como um funk carioca. O nome, que inicialmente tinha o "x" como uma lacuna, para que se pensasse depois num complemento, acabou mesmo como "Frevox".

Na temática das letras, mais misturas: brinca com o próprio nome em "Entre Muitos Outros" (lembra homônimos do mundo da música, como o sambista do extinto grupo Exaltasamba), critica o excesso de tecnologia em "Celular", cita o filósofo grego Anaxímenes em "Respiro".

Já em "Anamelinha" lembra o motivo pelo qual se tornou compositor. "Foi uma garota por quem me apaixonei em 1973. Só durou três meses e ela me deixou, mas foi por causa dela que comecei a compor e a mostrar essas músicas para os meus amigos", diz ele em referência a Caetano Veloso e Gilberto Gil, que conheceu enquanto estavam exilados em Londres.

"Quis fazer essa homenagem porque Anamelinha mudou a minha vida", reflete ele, que até então não pensava em ser compositor.

No show de lançamento, que ocorre hoje no Sesc Pompeia, Péricles terá no palco a companhia de Arrigo Barnabé e Tiê. Com ele, divide o baião com batida hip-hop "Sex-Maxixe"; com ela, a balada "Bem-vindos".

Além de apresentar as novas canções, o show deve ter ainda seus principais sucessos, como "Quem Nasceu?" (feita para a tal Anamelinha) e "Negro Amor" (versão em português para "It's All Over Now, Baby Blue", de Bob Dylan), ambas tornadas célebres na voz de Gal Costa.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página