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Análise

Apreciador ganha closes, mas perde a sonoridade do teatro

PAULA LEITE EDITORA DE TREINAMENTO

As pequenas telas vêm ajudando a popularizar a dança desde ao menos o tempo do televisor e do videocassete.

Numa época em que o Brasil tinha poucas companhias de dança profissionais e os espetáculos internacionais eram escassos e caros, era possível assistir a clássicos como "O Lago dos Cisnes" e "Romeu e Julieta" em VHS, em uma coleção do Royal Ballet da Inglaterra.

Eu mesma só assisti a algumas peças, como "Giselle", neste formato, já que alguns desses espetáculos são raramente montados no país.

Mas há uma grande diferença entre esses espetáculos encenados em teatros e filmados e as novas coreografias produzidas e filmadas pensando em pequenas telas.

Cenas com dezenas de pares de bailarinas, por exemplo, funcionam muito bem em grandes palcos, enchendo-os de movimento, mas tornam-se um baile de formiguinhas na televisão.

Novos espetáculos feitos para a tela da TV ou computador, como "Genesis" e "Constantinople Kaleidoscope", acertam ao usar espaços bem menores que um palco e ao trazer os bailarinos para bem perto da câmera.

A iluminação também muda bastante, já que a técnica necessária para iluminar bailarinos num palco pouco tem a ver com a luz necessária para a captação de vídeo.

O que se perde nas coreografias para pequenas telas em relação ao que se vê em um teatro, além da óbvia questão da presença física dos bailarinos, é a música.

Mesmo em apresentações que usam trilha sonora gravada, a acústica do teatro e o volume alto contribuem para que o espectador se envolva mais no espetáculo, o que é bastante difícil de reproduzir em casa.

No caso de peças com orquestra ao vivo perde-se ainda mais, ficando o espectador sem presenciar a riqueza dos instrumentos ao vivo e sem a interação entre músicos e dançarinos.


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