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Crítica comédia

Stallone e De Niro travam luta geriátrica em 'Ajuste de Contas'

Filme sobre boxeadores resgata personagens de 'Rocky' e 'Touro Indomável'

MARCOS AUGUSTO GONÇALVES DE NOVA YORK

"Ajuste de Contas" gira em torno de um embate geriátrico entre dois boxeadores --vividos por Sylvester Stallone e Robert De Niro-- que se encontram para uma revanche pendente há 30 anos.

O subtexto, e uma das iscas, é, obviamente, a luta imaginária entre Rocky Balboa e Jake LaMotta. O primeiro era o astro de "Rocky", a franquia iniciada em 1976 por Stallone; o segundo, de "Touro Indomável", o cult de Martin Scorsese de 1980 que deu a De Niro um Oscar de ator.

Por mais que Hollywood se alimente de fantasias, uma ideia dessa natureza só poderia ser tratada como comédia. E é o que o filme pretende ser.

Stallone, 67, é Henry "Razor" Sharp e De Niro, 70, Billy "The Kid" McDonnen, dois rivais aposentados, que tiveram dias de glória.

Quando ainda contavam com tônus para isso, travaram duas lutas suadas. Cada um venceu uma. Marcado o terceiro combate, Razor desistiu. E The Kid nunca se conformou.

VIDEOGAME

Eis que uma reportagem de televisão sobre a vida dos dois atrai a atenção de uma empresa de entretenimento, que os convida para fazer um videogame.

Eles se encontram no estúdio para participar da produção e acabam saindo no braço. A briga, que detona máquinas e mesas, é registrada pelo celular de uma testemunha e vira mania nas redes sociais. Conclusão: todos querem que a revanche aconteça de verdade.

Um histriônico empresário (Kevin Hart) resolve levar a ideia a sério, e a revanche se transforma em grande acontecimento, explorado pela TV.

Seguem-se os treinos, e a vida passada dos heróis vai aparecendo, juntamente com Kim Basinger, uma coroa enxuta que, mais nova, pegou os dois e acabou tendo um filho com De Niro.

A personagem de Basinger tem a profundidade de um pires --ela faz, se tanto, o papel de si mesma. E, de certa forma, é o que acontece com as estrelas masculinas, cujos personagens são clichês da personalidade cinematográfica de cada um.

Um filme para marmanjos rodados que acreditam que os 60 são os novos 40? Ao que tudo indica, sim. Mas o diretor Peter Segal, 51, afirmou que consultou seu filho de 13 anos --e ele teria achado a proposta "cool".

O mais surpreendente, revelou, é que testes teriam mostrado, na realidade, um grande interesse de mulheres de mais de 30 anos pela história. No final... Bem, adivinha quem ganha?


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