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Para diretor, americanos não entendem 'realismo mágico'

Akiva Goldsman se defende das críticas ao seu filme 'Um Conto do Destino'

Roteirista de 'Uma Mente Brilhante', cineasta enfrentou morte da mulher durante produção

MARCOS AUGUSTO GONÇALVES DE NOVA YORK

"Esse é um filme que talvez seja mais difícil para os americanos compreenderem e mais fácil para os irlandeses ou para os sul-americanos. Estou me referindo ao realismo mágico da literatura latino-americana, no qual coisas estranhas acontecem, pessoas levitam, por exemplo, e isso acontece naturalmente dentro da história."

A declaração foi dada por Akiva Goldsman, durante entrevista para a imprensa estrangeira, em Nova York, antes da estreia de "Um Conto do Destino", seu primeiro trabalho como diretor.

Parecia uma tentativa de responder a possíveis críticas negativas dirigidas à atmosfera "fantástica" do filme. E de fato, algumas semanas depois, elas vieram.

A revista "Rolling Stone" considerou a história um "disparate". E como a estreia estava prevista para o "Valentine's Day" (o Dia dos Namorados nos EUA), avisou: "Só escolha esse filme para namorar caso você não ame a pessoa que está com você". Para o "New York Times", o longa cruza a linha que separa a magia do absurdo e acaba caindo no ridículo.

Em clima de fábula, "Um Conto do Destino" narra a história de amor de um ladrão (Colin Farrell), filho de imigrantes irlandeses, e uma jovem de família rica de Nova York (Jessica Brown Findlay).

A ação vai do século 19 aos dias atuais e coisas estranhas acontecem --por exemplo, um cavalo que voa e um mocinho que não envelhece. Com seu visual "hipster", o herói atravessa o tempo em busca de um milagre para salvar sua amada e derrotar o mal, encarnado num demoníaco Russell Crowe.

Akiva Goldsman, que ganhou um Oscar pelo roteiro adaptado de "Uma Mente Brilhante" (2001), também assina a história de "Um Conto do Destino", baseada em um livro de 1983, do jornalista e escritor Mark Helprin.

Enquanto trabalhava na adaptação, passou por um acontecimento trágico. Em julho de 2010, sua mulher, Rebecca Spikings, morreu, vítima de um ataque cardíaco.

"Assim, de uma hora para outra. Eu não queria fazer mais nada." Mas, com o tempo, voltou ao roteiro e encontrou um caminho para sua fábula. "O livro já tinha essa ideia de um conto de fadas para adultos. Começa com uma perspectiva otimista, com a promessa de eterna felicidade, e de repente isso é drasticamente subvertido".

"Como foi trabalhar na direção? Pela primeira vez, você como roteirista não pode reclamar do diretor"--provoco. Ele responde bem-humorado: "E como diretor também não posso reclamar do roteirista..."

UM CONTO DO DESTINO

DIREÇÃO Akiva Goldsman

PRODUÇÃO EUA, 2013

ONDE Espaço Itaú - Pompeia, Villa-Lobos Cinemark e circuito

CLASSIFICAÇÃO 12 anos


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