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Produtores criam selo de música nacional 'sem abacaxi na cabeça'

Longe da ideia de soar tropical no exterior, produtora UIVO quer lançar artistas brasileiros

Primeiro lançamento será de disco da banda Inky, no próximo mês; grupo planeja ainda promover festas

CLAUDIA ASSEF COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com a missão de divulgar "música brasileira ousada" para os quatro cantos do mundo, o pernambucano Rodrigo Coelho montou com o sócio, Guilherme Silva, o recém-lançado selo UIVO.

Produtor musical e criador de trilhas para filmes e publicidade, Coelho viu a carreira decolar depois de participar da Red Bull Music Academy --espécie de pós-graduação para DJs e produtores--, em Nova York, em 2013.

Por lá, fez amizade com dois importantes produtores da música eletrônica atual, Flying Lotus e Four Tet. "Foi durante uma conversa com o Lotus que tomei a decisão final de montar o selo", diz.

"A ideia do UIVO é focar numa paisagem sonora inesperada no Brasil. Não queremos usar abacaxis na cabeça. Não queremos ser gringos nem precisamos soar tropicais", diz Coelho, conhecido no meio musical por seu alter ego grassmass.

"Achamos que há uma maneira de apresentar música ousada para as pessoas e entendemos que as grandes gravadoras não têm mais um papel principal em divulgar tendências", avalia.

O primeiro lançamento do selo será um disco da banda Inky, da qual Guilherme Silva é baixista. O grupo ficou conhecido do público depois de abrir o último show do LCD Soundsystem em São Paulo, em 2011.

O disco está sendo mixado em Nova York e deve ser lançado digitalmente em abril. Uma versão em vinil também está nos planos.

O UIVO se espelha em selos internacionais. Coelho cita entre as principais referências os americanos DFA (de LCD Soundsystem e The Rapture), de Nova York, e o Brainfeeder (lar de Flying Lotus e Thundercat, entre outros), de Los Angeles.

Além de discos, pretendem montar também festas com a assinatura UIVO. "Não vai haver DJs, pretendemos ter apenas live acts'. Queremos divulgar um som mais autoral, de produtores locais. Tem muita gente boa trancada nos quartos por aí", diz Coelho.

Em abril, ele ministra, ao lado de Arto Lindsay, um workshop gratuito de três dias sobre produção musical, no projeto Som Expandido, do Red Bull Studio, na capital paulista.

Os workshops terão ainda como professores Gui Boratto, Dudu Marote, Zegon e Antônio Alves Pinto. Mais informações no site www.redbull.com.br/somexpandido.


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