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Crítica - Festival

Julian Casablancas faz o pior show do Lollapalooza chileno

Apresentações de Nine Inch Nails e Savages agradam público em Santiago

ANDRÉ BARCINSKI ESPECIAL PARA A FOLHA

A edição chilena do festival Lollapalooza aconteceu em 29 e 30 de março no O'Higgins, um parque no centro de Santiago. No local, que tem cerca de metade da área do parque Ibirapuera, foram erguidos quatro palcos, somados a um teatro e a uma grande arena multiúso, estruturas que já existem no parque.

A estrutura do festival funcionou bem. Não havia filas nos bares ou nos banheiros.

Com exceção de uma queda de volume no início do show do Nine Inch Nails, a qualidade do som estava boa em todos os palcos.

No sábado (29), um público predominantemente adolescente lotou o parque para ver a atração principal da noite, o Red Hot Chili Peppers --que não toca na edição brasileira do festival.

Outras bandas que atraíram multidões foram o Capital Cities e o Imagine Dragons, que fazem um som pop dançante e festivo e têm músicas em trilhas de séries de televisão e comerciais.

Os melhores shows do dia foram do Nine Inch Nails, com sua agressiva mistura de guitarras pesadas e batidas eletrônicas, do Phoenix, banda francesa que faz um rock que cai bem numa pista de dança, e do jovem bluesman Jake Bugg.

A banda brasileira Nação Zumbi, fazendo sua estreia em Santiago, foi colocada no menor palco do festival, em um pequeno teatro.

No domingo (30), o festival não estava tão lotado quanto no sábado. O público era mais velho, e as camisetas de bandas indie predominavam na multidão.

O pior show, unanimemente malhado pela crítica chilena, foi o de Julian Casablancas, cantor do Strokes, que, acompanhado pelo grupo The Voidz, mostrou um heavy metal ultrapassado e mal tocado.

As apresentações mais disputadas foram as do Arcade Fire, que tocou pela primeira vez no Chile, do Pixies, que mostrou, mais uma vez, que não consegue repetir no palco a empolgação de seus discos, e do Vampire Weekend, que lotou seu palco, mas não animou ninguém.

Já os melhores shows do dia foram os de Johnny Marr e Savages. Marr, ex-guitarrista dos Smiths, banda lendária do rock inglês dos anos 1980, fez uma apresentação curta --11 músicas-- e animada, misturando canções de seu disco solo, "The Messenger", a quatro clássicos da ex-banda, incluindo "Bigmouth Strikes Again" e "There Is a Light that Never Goes Out".

A maior surpresa foram as Savages, quarteto feminino de Londres que faz uma empolgante releitura do pós-punk de Siouxsie and the Banshees, Gang of Four e The Fall.


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