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Crítica

'Nunca Fomos Tão Felizes' mostra a dor do que não foi dito

INÁCIO ARAUJO CRÍTICO DA FOLHA

É difícil exagerar a importância das reportagens de TV sobre o golpe de 1964 que se desencavaram neste ano. Até o SBT deu uma folga a Sheherazade para tocar no assunto. Nesse assunto que ficou desconhecido para muitos, para quem aqueles anos foram um mar de rosas.

Daí também a importância de "Nunca Fomos Tão Felizes" (HBO2, 19h; 14 anos), de Murilo Salles. Feito em 1983, no momento agonizante dos governos militares, sua virtude central é, justamente, não ser reportagem, não desencavar o escondido.

Aqui, um pai que esteve preso por anos reencontra o filho que também durante anos ficou num colégio interno. Duas prisões, de certo modo. E em vez de verdades escancaradas, há o império do não dito, da dor que se experimenta, mas não se partilha. Essa ferida profunda é também a ditadura.


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