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Crítica documentário/In-EDIT

Filme divertido narra histórias de agente musical excêntrico

Estreia de Mike Myers na direção, 'Supermensch' conta casos bizarros e engraçados do empresário Shep Gordon

ANDRÉ BARCINSKI ESPECIAL PARA A FOLHA

Só existe um figurão capaz de juntar, em uma mesma festa, Alice Cooper, Arnold Schwarzenegger e Dalai Lama: Shep Gordon. "Supermensch: The Legend of Shep Gordon" é um perfil divertido de um dos personagens mais excêntricos e bem relacionados de Hollywood e da cena musical norte-americana.

O filme marca a estreia, como diretor, de Mike Myers, ator famoso pelo papel do detetive Austin Powers. No início dos anos 1990, quando foi filmar "Quanto Mais Idiota Melhor", Myers pediu autorização a Shep Gordon para usar uma música de Alice Cooper, seu cliente. Tornaram-se amigos.

Tempos depois, quando Myers passava por uma forte crise de depressão, Gordon o acolheu em sua mansão no Havaí, onde o ator passou dois meses "sendo mimado como um bebê".

A lista de entrevistados no filme impressiona: Schwarzenegger, Sylvester Stallone, Steven Tyler (vocalista do Aerosmith), Alice Cooper, Willie Nelson, Sammy Hagar (ex-cantor do Van Halen) e Michael Douglas se revezam contando histórias bizarras e engraçadas sobre o sujeito.

Mas ninguém é tão divertido quanto o próprio Gordon, que não parece se levar muito a sério e narra as histórias mais incríveis com uma simplicidade desconcertante: "Eu virei agente por sugestão de Jimi Hendrix. Na época, eu era traficante e vendia drogas para ele, e Jimi sugeriu que eu arrumasse uma fachada' para meus negócios ilegais. Virei agente".

Gordon conheceu todo o mundo: vendeu ácido para Janis Joplin e Jim Morrison, trabalhou com Pink Floyd e Groucho Marx, namorou Sharon Stone e coelhinhas da "Playboy".

No início dos anos 1970, virou agente de Alice Cooper e ajudou o cantor a criar sua imagem teatral. Trabalha com Cooper até hoje. Suas histórias de hedonismo, mulheres e excessos inspiraram cenas de filmes como "Quase Famosos", de Cameron Crowe.

Em épocas de incorreção política, Gordon se notabilizou por andar com uma camiseta que dizia "No head, no backstage pass" ("Sem sexo oral, nada de passe para bastidores").

Mas o filme mostra também o lado doce de Gordon, adorado por seus pares e elogiado por sua lealdade e devoção aos amigos. "Supermensch" não tem a intenção de ser uma análise ponderada sobre a trajetória de Shep Gordon, mas uma homenagem explícita ao sujeito.

O próprio Mike Myers é entrevistado e fala de sua admiração por ele. Mesmo sofrendo de falta de rigor jornalístico e excesso de elogios, o filme é divertido demais.

SUPERMENSCH: THE LEGEND OF SHEP GORDON
DIREÇÃO Mike Myers
PRODUÇÃO Estados Unidos, 2013
ONDE Cine Olido (hoje, às 19h, av. São João, 473, R$ 1)
CLASSIFICAÇÃO 14 anos
AVALIAÇÃO bom


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