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Crítica - Documentário

Despretensiosa, produção debate sentido e valor das brincadeiras

MÔNICA RODRIGUES DA COSTA DA PUBLIFOLHA

O documentário "Tarja Branca - A Revolução que Faltava", de Cacau Rhoden, é despretensioso e construído de forma poética. O filme justapõe cenas de brincadeiras de crianças a falas de especialistas, poetas, jornalistas e leigos de todo o Brasil.

O longa explora os sentidos do brincar e sua utilidade. Centra-se nas brincadeiras populares, em especial, naquelas improvisadas nas ruas da periferia, no ambiente rural ou em espaços confinados das cidades.

A etnomusicóloga e pesquisadora de brinquedos Lydia Hortélio e vários outros educadores, como Renata Meirelles e Maria Amélia Pereira, abordam as variadas funções das brincadeiras.

Hortélio remete às canções que induzem ao conhecimento da literatura. Pereira descreve os castelos de areia sempre reconstruídos depois que as ondas os dissolvem.

José Simão, colunista da Folha, diz que trabalha enquanto pensa na rede e impõe alegria ao longa com seus comentários engraçados.

Domingos Montagner, palhaço e ator, enfatiza a necessidade de não ter o que fazer, assim como o psicanalista Ricardo Goldenberg, que defende o ócio como o tempo de aprender a pensar.

Sem ser agressivo por se contrapor à pressa cotidiana no mundo do consumo, o filme deixa clara a sua intenção na voz do artista plástico Hélio Leites. Ele afirma serem as brincadeiras remédio de tarja branca, que todo mundo deveria tomar: quem não brinca nunca terá bem-estar na vida adulta. E agora?


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