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Análise

Estilo que nasceu periférico ocupa hoje o centro do palco no país

RONALDO LEMOS COLUNISTA DA FOLHA

Uma boa forma de pensar o funk ostentação de forma "séria" é lembrar o trabalho que pesquisadoras como Tricia Rose fizeram com relação ao hip-hop. Na visão dela, o hip-hop "bling", que gosta de ostentar da mesma forma que o nosso novo gênero, é um "teatro contemporâneo para os desprivilegiados, que interpretam inversões de status e hierarquias, subvertendo o script dominante".

E dá-lhe subversão. Nesse caso, o teatro vira realidade. O estilo ostentação, que nasceu e cresceu periférico, ocupa hoje o centro do palco no país. Guimê toca na novela e vários cantores são hoje celebridades.

Mais interessante ainda é ver agências disputando para fazer "product placement" junto à cena. A ambição de vários diretores de marketing é ver seus produtos usados pelos funkeiros ou, quem sabe, celebrados nas letras-ostentação. Um sonho hoje caro de se realizar.

Fica então uma lembrança para o futuro: prestar atenção nas próximas ondas. Há vários candidatos a "funk ostentação" querendo decolar.


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