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Fotógrafo da agência Magnum é convidado de festival em Paraty

Americano David Harvey e japonesa Rinko Kawauchi são destaques

DAIGO OLIVA EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

Em setembro, o norte-americano David Alan Harvey, 70, estará no Brasil para participar do festival Paraty em Foco. Ele é membro da Magnum, agência de fotografia mais importante do mundo.

O evento comemora neste ano sua décima edição e acontece no litoral fluminense entre 24 e 28 de setembro.

Segundo o curador Iatã Cannabrava, organizador do festival, Harvey virá discutir a diferença entre "como o Brasil se mostra e como é visto".

Atualmente, o americano participa do projeto "Offside Brazil", intercâmbio entre fotógrafos da Magnum e artistas brasileiros para documentar o país durante a Copa.

Em 2012, Harvey publicou o livro "(Based on a True Story)" [o título é assim mesmo, entre parênteses], com imagens que produziu no Rio.

As páginas da obra, todas soltas, podem ser reorganizadas pelo leitor. Assim, metade da imagem de um policial armado pode ser combinada com outra parte de uma foto de uma mulher de biquíni.

No festival, além de participar de uma palestra, Harvey irá fazer uma oficina para cerca de 60 pessoas.

Também estará no evento a artista Rinko Kawauchi, 42, principal nome da fotografia contemporânea japonesa, cujo trabalho é marcado por imagens poéticas da natureza e momentos de contemplação.

Em entrevista à Folha, a fotógrafa afirma que suas fotos devem ser "uma oportunidade de olhar ao redor em um mundo onde as imagens são usadas como itens de consumo e compartilhadas com tanta frequência".

Em 2007, Kawauchi expôs no MAM de São Paulo uma série de fotos produzidas durante três viagens ao Brasil.

A mostra "Semear", com registros sobre a imigração japonesa no país também gerou um livro de mesmo nome.

É a primeira vez que a artista volta ao Brasil desde então. Kawauchi conta, sobre a primeira passagem, que se lembra da "dificuldade para se deslocar de um lugar para o outro" e das cataratas do Iguaçu, que a japonesa define como "espetaculares".

"Seu trabalho é delicado e muito contundente, como só uma japonesa poderia entender o conceito de delicadeza", diz Cannabrava.

REFLEXÕES

Para a edição deste ano, o organizador afirma que, além de artistas, o festival terá a presença maior de "gente que pensa a fotografia".

"As pessoas estão tão interessados nas histórias dos fotógrafos quanto nas reflexões feitas sobre eles", afirma ele.

O crítico de arte e um dos curadores da Bienal de SP de 2010 Agnaldo Farias e o historiador Maurício Lissovsky são alguns dos teóricos já confirmados para o evento.

Também estará em Paraty o norte-americano Fred Ritchin, professor de fotografia da Universidade de Nova York e fundador do programa de fotojornalismo do Centro Internacional de Fotografia.

"Defendemos os festivais como um processo de educação", conclui Cannabrava.


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