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Crítica - Comédia

Monty Phyton mistura filosofia e humor em longa de 1983 que retorna ao cinema

HÁ MOMENTOS GENIAIS E OUTROS NEM TANTO NOS PEQUENOS CAPÍTULOS, COM TEMAS QUE VÃO DO NASCIMENTO À MORTE

THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

Não é o melhor filme do grupo inglês Monty Phyton. Mesmo assim, supera qualquer comédia que estreou nos cinemas neste ano.

"O Sentido da Vida", de 1983, que volta a cartaz em São Paulo nesta quinta (10), é o mais ambicioso trabalho do sexteto. Como o título entrega, é uma coleção de esquetes cômicos e filosóficos sobre a existência humana.

Os comediantes vinham de dois filmes de roteiros extensos, obras com começo, meio e fim: "Monty Phyton em Busca do Cálice Sagrado" (1976) e "A Vida de Brian" (1979), este o auge do grupo no cinema.

O primeiro é uma comédia passada nas Cruzadas; o segundo, impagável sátira bíblica sobre bebê nascido no mesmo dia de Jesus e, adulto, confundido com o Messias.

"O Sentido da Vida" marca o retorno aos números curtos de humor, o formato que consagrou o grupo em seu lendário programa na TV britânica, "Monty Phyton's Flying Circus". Foram 45 episódios produzidos entre 1969 e 1974.

Recorrendo a esse formato, o resultado é desigual. Há momentos geniais e outros nem tanto nos pequenos capítulos, com temas que vão do nascimento à morte.

Terry Jones é oficialmente o diretor, com ajuda de Terry Gilliam, o único da trupe que é nascido nos Estados Unidos. Ocupados atrás das câmeras, aparecerem menos em cena.

Os integrantes mais engraçados são John Cleese, alto e com vocação para representar líderes, Eric Idle, o mais palhaço, Michael Palin, com seu ar de sofredor, e o sisudo Graham Chapman, espécie de Buster Keaton do grupo.

Para não revelar as muitas piadas do filme, é possível exemplificar o humor iconoclasta da turma em um dos segmentos iniciais.

Para criticar católicos por não usarem preservativos, eles mostram famílias com dezenas e dezenas de filhos.

Numa sequência musical --marca do grupo--, a garotada se reúne para cantar e dançar nas ruas a "Canção do Esperma". Para equilibrar, o esquete seguinte trata de brincar com protestantes. Nada escapa ao Monty Phyton.

É um humor corrosivo, implacável. Mas tem um ritmo lento, que talvez as novas gerações não curtam tanto.


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