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'The Bridge' procura rumo em segundo ano

Nova temporada do seriado policial amarra trama em torno de chefão do narcotráfico

MIKE HALE DO "NEW YORK TIMES"

Quando a primeira temporada de "The Bridge" ganhou o prestigioso prêmio Peabody ficou claro que a qualidade da série não era a única razão para isso.

O seriado foi premiado em primeiro lugar por "promover a conscientização dos problemas da região de fronteira", incluindo o caso das "Meninas Perdidas de Juárez", em que centenas de mulheres foram mortas em Ciudad Juárez, no México.

"Para nós, o mais interessante sempre foi o mundo sombrio da fronteira, com toda sua glória bilíngue e complicada", disse o criador e roteirista da série, Elwood Reid.

"The Bridge" possui muitos elementos para ser um mistério policial fascinante: boas atuações, um visual evocativo da paisagem devastada pelo sol e cenas assustadoras e cheias de suspense.

Mas ainda estamos esperando para ver tudo isso se concatenar. Na primeira temporada fomos apresentados à dupla formada por Sonya Cross, policial americana com sintomas de síndrome de Asperger, e Marco Ruiz, policial mexicano cheio de problemas pessoais.

Eles se encontram quando um corpo é deixado na fronteira entre EUA e México. A investigação subsequente passou de uma coincidência aqui para uma trama secundária forçada ali, revelando aos poucos uma trama de vingança comicamente complexa.

Elementos improváveis pipocavam a todo momento: o trapaceiro americano simpático forçado a fazer sexo oral numa traficante mexicana de meia-idade; Sonya (Diane Kruger) atirando em Marco (Demian Bichir) para impedir que ele mate o assassino.

Talvez o mistério simples e interessante que era possível discernir por baixo de todos os detalhes barrocos tenha ficado em segundo plano porque atenção demais foi dada ao ambiente e à política cultural da fronteira.

A segunda temporada,descrita como versão ficcional explícita do caso das "Meninas Perdidas", começa como mais do mesmo: eficaz, mas com pouco foco.

Os policiais Sonya e Marco e os jornalistas Frye (Matthew Lillard) e Adriana (Emily Rios) voltam a conduzir investigações separadas de crimes interligados, enquanto os candidatos a traficantes liderados por Charlotte (Annabeth Gish) atuam no segundo plano.

O elenco ganha Franka Potente no papel de contadora de um cartel e ex-evangélica, o que eleva o quociente de bizarrice. Todos os elementos vão se unir em torno do narcotraficante chefão, Fausto (Ramón Franco).

Enquanto isso, podemos curtir a fotografia de alto nível, as atuações de Lillard, Kruger e, especialmente, Bichir como o lacônico e confuso e Marco. Seus olhos cansados e sua linguagem corporal nos revelam quase tudo o que precisamos saber sobre os problemas da fronteira.


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