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Televisão

Amigos criam 'Netflix' grátis na Argentina

Site traz 128 trabalhos da atual produção cinematográfica do país, entre documentários, longas de ficção e curtas

Produtores cedem os direitos de exibição aos criadores da página em troca de visibilidade para seus filmes

FELIPE GUTIERREZ DE BUENOS AIRES

Assim como no Brasil, sucessos de bilheteria na Argentina têm vida após as salas de cinema: lançamento em DVD, exibição em canais pagos e, depois, na TV aberta.

Mas esses mercados não existem para filmes com menos apelo ao grande público.

Depois de algumas semanas em um circuito comercial restrito, filmes independentes geralmente ficam guardados, afirma Rita Falcón, 27.

Ela e cinco amigos colocaram no ar um site para dar espaço a essas obras.

O cinemargentino.com é um "Netflix" de filmes do país que já passaram pelas salas, mas que, após a temporada nos cinemas das grandes cidades da Argentina, "morrem", segundo Falcón.

O site tem pouco mais de um ano. Hoje, acumula 128 títulos, entre curtas, filmes de ficção e documentários que podem ser vistos de graça.

Os produtores não recebem nada pelas exibições. "É um projeto sem propósito de lucro. Eles nos cedem os direitos de exibir de maneira gratuita, porque a eles interessa a visibilidade. E não temos exclusividade de nada", explica Falcón.

RANKING

Até agora, "Chagas, um Mal Escondido", de 2005, foi o que teve mais cliques. É um documentário em primeira pessoa. O diretor Ricardo Preve, que mora nos EUA, cresceu na Argentina e descobriu que um amigo de infância estava com a doença.

O trabalho mostra que se trata de uma doença tipicamente latina e que não há plano para erradicá-la.

"Parte grande dos acessos veio do noroeste do país, que é a região que mais sofre com o mal de Chagas. Teve 4.000 reproduções, o que, para a gente, é muito", diz Rita Falcón. No total, foram 99 mil reproduções até agora.

Em segundo lugar está "Aballay", de Fernando Spiner, uma ficção de 2010.

O longa conta a história de um assassino que, após matar um homem, fica perturbado com a imagem do filho de sua vítima.

Em terceiro no ranking, está o documentário "Liniers, o Traço Simples das Coisas" (2010). Assinado por Franca González, o filme mostra o dia a dia criativo e as dificuldades diante da folha em branco do desenhista.

O cinema argentino, além de já ter sido premiado duas vezes com o Oscar ("A História Oficial", de 1986, e "O Segredo dos Seus Olhos", em 2010), é bastante produtivo.

Segundo o Sindicato da Indústria Cinematográfica do país, entraram em circuito 142 obras de um total de 367.


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