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Gentili vira político para concorrer com o horário eleitoral

Humorista interpreta o deputado Atílio Pereira na série 'Politicamente Incorreto', que estreia no dia 15, no FX

Na trama, parlamentar se prepara para ser candidato a presidente da República depois de ganhar fama de honesto

ENVIADA ESPECIAL A PAULÍNIA (SP)

"Vai falar que você não tem vontade de pegar o telefone e xingar um oprimido? Vai, vai lá, é a sua chance!", diz o deputado Atílio Pereira a sua assessora de imagem.

O parlamentar, que a partir do dia 15 vai disputar audiência com o horário eleitoral com seu próprio programa de TV, o "Politicamente Incorreto", é vivido pelo humorista Danilo Gentili. A série irá ao ar às 20h30, no canal FX.

Na gravação acompanhada pela Folha, no polo de cinema de Paulínia (117 km de São Paulo), Atílio comemorava as mil ligações que sua equipe de gabinete havia recebido --ou melhor, desviado-- de um programa de assistência criado pela sua rival, a ministra Luma (Chris Couto).

É uma espécie de "disque autoestima", que a equipe de Atílio tenta sabotar dando as piores respostas possíveis a quem liga. "Quer cortar os pulsos? Não, vai sujar tudo, vai ter de limpar depois. Faz assim: pegue um cinto e vá para o banheiro", sugere o funcionário Gabriel, interpretado por Rominho Braga.

BEM-AMADO

Atílio é um político do pior tipo que ganha fama de honesto após safar-se de um escândalo. O presidente de seu partido então sugere que ele se candidate à Presidência.

"A série inicia com a pergunta: O que você faria se tivesse dinheiro, imunidade e poder?'", diz o diretor Fabrício Bittar. O diretor e Gentili, que assinam o roteiro, dizem que não há referências diretas a políticos. "O que puxa o humor é a situação. É entretenimento", diz Gentili.

José Dumont, que faz o presidente do partido, diz que Atílio é uma espécie de "Bem-Amado' da nova geração", referindo-se ao prefeito de Sucupira, Odorico Paraguaçu, na novela "O Bem-Amado" (1973). "Ele é supermoderno e representa a política brasileira",diz o ator.

"Politicamente Incorreto" tem o mesmo nome do show feito por Gentili em 2010, quando criticava políticos às vésperas da eleição. Levá-lo à internet foi uma forma de driblar a proibição de falar de candidatos na época de campanha --restrição que ele sofre em seu talk-show no SBT.

Para ele, a regra é autoritária. "Comediante é quem fala eu sou um idiota, não me leve a sério'. Estão com medo desse cara?"


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