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Acervo digital, exposição e filme celebram designer

Obra de Sergio Rodrigues, morto na última segunda, é tema de tributos

Instituto lançará em dezembro site reunindo trabalhos do artista, que completou 60 anos de carreira neste ano

BEATRIZ MONTESANTI VITOR MORENO DE SÃO PAULO

O designer Sergio Rodrigues, morto nesta segunda (1°) aos 86 anos, será lembrado por admiradores, amigos e familiares em site, livros, documentário e na produção de seu último trabalho, a chamada poltrona Benjamin.

O Instituto Sergio Rodrigues lançará em dezembro um site reunindo boa parte do acervo do artista, em comemoração a suas seis décadas de carreira. A data marca o lançamento da primeira obra do designer, o banco Mocho.

Segundo Renata Aragão, diretora do instituto, foram inventariados cerca de 30 mil itens, dos quais 10 mil foram catalogados para o site por uma equipe de quatro museólogos dedicados exclusivamente ao trabalho.

"Tem desde a caderneta escolar de criança, com desenhos de bichinhos, até seu diário de ilustrações, que é muito rico", conta Aragão.

O site incluirá ainda uma biografia interativa, escrita por Regina Zappa, que estará disponível gratuitamente. "Será tudo muito ilustrado, como é a cara dele."

TESOUROS

Durante a catalogação do acervo, foram descobertos trabalhos inéditos. Um deles saiu do papel recentemente, produzido por Fernando Mendes, primo do designer.

Batizada de Poltrona Benjamin, em homenagem ao último neto do artista, a obra deve ser lançada em 22 de setembro na galeria Dpot, em SP. De acordo com Mendes, a data pode mudar com a notícia da morte de Rodrigues.

A galeria, contudo, diz que irá manter a programação, que inclui uma homenagem ao mítico banco Mocho. O móvel ganhou série limitada, em madeira cabreúva.

A exposição terá ainda outras criações icônicas de Rodrigues, como as poltronas Mole, Diz, Kilin, Tonico e Oscar. Além disso, o joalheiro Antônio Bernardo, em parceria com o Instituto Sergio Rodrigues, criou um pingente inspirado no móvel exclusivamente para a ocasião.

No Rio, como parte da programação da feira anual de design IDA, haverá a exposição "De Sergio para Adolpho", na qual será exibida pela primeira vez a reedição feita por Etel Carmona das peças concebidas por Rodrigues para o amigo Adolpho Bloch (1908-1995).

O fundador da Rede Manchete era amigo e admirador de Rodrigues e foi um dos primeiros compradores da poltrona Mole, que chegou a passar um ano na vitrine sem uma única venda.

A linha Adolpho terá tiragem limitada em madeiras como Perobinha do Campo, Braúna e no próprio Mogno, matéria-prima utilizada na versão original, além de ser comercializada a partir do dia 20 em outras madeiras.

Além da exposição, haverá o lançamento do livro de mesmo nome, com a história da relação entre ambos e mostrando como foi realizada a concepção das peças.

MEMÓRIA

O diretor de cinema Peter Azen, que conheceu Rodrigues quando tinha seis anos, finaliza um documentário sobre o designer e arquiteto, que desenhou uma casa para os pais de Azen, no Rio. "Ele sentou comigo e com meu irmão e perguntou o que a gente queria na casa ideal", lembra.

As gravações começaram em outubro de 2012, com entrevistas feitas com Rodrigues e pessoas próximas a ele. "Para o Sergio foi fácil, porque ele me conhece desde que eu era criança, e quando ele conhece alguém, sai contando histórias".

Foram cerca de 80 horas de entrevistas gravadas. O filme, financiado pela produtora de Azen, está previsto para sair em 2015. "Fiz querendo homenagear o Sergio em vida, como um agradecimento a tudo o que ele fez pra mim".


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