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Coletivo inaugura 'supercontêiner' em SP

Grupo quer promover shows e atividades de street art, hip-hop e gastronomia no Superloft, complexo de 450m²

Com 34 unidades de cinco toneladas cada, nova estrutura em Pinheiros é a maior do tipo já feita no país

DANILA MOURA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Com a maior estrutura feita de contêineres no país --34 unidades de cinco toneladas cada e área total de 450m²--, o complexo Superloft abre as portas em Pinheiros no próximo dia 12 com programação dedicada à cultura urbana.

Idealizado pelo coletivo NAU.BR (Núcleo de Arte Urbana Brasil), o local é definido pelo diretor-geral, Alex Tessitore, 40, como "uma intervenção urbana em grande escala, fundamentada na disseminação da cena underground".

Para assistir aos shows e participar das atividades de street art, hip-hop e gastronomia que acontecerão na estrutura, o público entrará nos contêineres, que juntos formam uma espécie de prédio com teto coberto.

De acordo com o coletivo, o modelo de contêineres foi escolhido porque os objetos são fáceis de montar e desmontar e combinam com o conceito de arte urbana, que é efêmera.

O Superloft tem apoio do ProAC (Programa de Ação Cultural do Estado de São Paulo) e está em processo de captação. O grupo não diz quanto investiu no projeto.

As 170 toneladas de aço serão cenário para diversos núcleos, como a galeria de arte Mono, que tem curadoria do fotógrafo Henrique Luz. Ele já trabalhou com exposições dos artistas plásticos brasileiros Alex Flemming, Catarina Gushiken e outros.

Quem inaugura a galeria é o grafiteiro Felipe Yung, 36, o Flip, com a mostra "Camo Tree", em homenagem ao centenário da arquiteta Lina Bo Bardi (1914-1992).

Tessitore, que também é membro diretor da Associação Paulistana de Comida de Rua, comandará as atividades gastronômicas do complexo, onde haverá um restaurante.

Mas deve virar assunto mesmo o clube Lo Fi, onde serão feitas performances musicais em formato live PA (quando o DJ faz música e remixagem ao vivo) e workshops.

Os projetos residentes devem trazer estrelas da bass music atual, como o Só Pedrada Musical, de Daniel Tamenpi, 33, com o DJ inglês Om Unit no dia 12.

Também estão na agenda os músicos americanos Gramatik e Dam Funk.

O projeto Jambox, de Luísa Viscardi, 25, será voltado para manuseio de vinis, com apresentação confirmada de DJ Angelo (UK). Completam a programação Soul Set, Free Beats e Boombass, da DJ Mariana Mats, 26, que trará o DJ e produtor canadense Lunice.

ELE É O CARA

Entre os grandes nomes do rap, Lunice, 25, está com a moral alta. Kanye West o chamou para fazer uma faixa no disco "Yeezus" (2013).

O rapper também já fez beats com o rapper americano Rick Ross e foi convidado pelo DJ americano Diplo para atuar no selo Mad Decent.

Integrante do duo TNGHT, Lunice tem dois elogiados EPs feitos pelo selo Lucky Me, "Stacker Upper" (2010) e "One Hunned" (2011). Ele lançará seu primeiro álbum em outubro, "Can't Wait To".

"Digo que faço apenas rap para simplificar. Prefiro que o público interprete e sinta as diferentes referências do meu som", declara.

E diz ter vontade de retomar contato com o cantor e compositor brasileiro Gabriel Nascimbeni. "Conheci a bossa nova por causa desse excelente músico. Queria seguir adiante um projeto com ele."


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