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Lei paulista incentiva a produção de HQs

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Há quatro caminhos para publicar quadrinhos hoje no Brasil: 1) via editoras; 2) bancar do próprio bolso; 3) por meio de arrecadação coletiva de leitores na internet; 4) com o auxílio de leis de incentivo à produção. É deste último mecanismo que vem boa parte dos livros nacionais lançados neste ano.

Dos títulos com narrativas longas publicados em 2014, cinco foram bancados pelo Proac (Programa de Ação Cultural), do Estado de São Paulo. Mantido desde 2008, o edital voltado à criação de histórias em quadrinhos tem gerado desde então um lote anual de obras, publicadas individualmente pelos autores ou em parceria com editoras.

"Cumbe", lançado no último mês, foi um dos projetos contemplados. Para Marcelo D'Salete, criador da obra, sem a verba do edital, seria difícil viabilizar o trabalho.

O autor, um dos 15 selecionados em 2013, ganhou R$ 40 mil para criar, editar e imprimir a sua história.

"Ainda temos poucos editores realmente sensíveis para analisar o que tem sido feito de quadrinhos hoje. Já enviei propostas para editoras que nunca me responderam."

Para Davi Calil, outro selecionado, a lei de incentivo à produção ajuda, mas não é suficiente. Na leitura dele, trata-se de uma "ajuda de custo", que colabora para pagar apenas parte dos gastos. O quadrinista publicou recentemente o livro "Quaisqualigundum", com histórias baseadas em músicas de Adoniran Barbosa.

"Quarenta mil reais parece muito, mas, quando você calcula os gastos, principalmente no Quaisqualigundum', em que tivemos de pagar direitos autorais, não sobra quase nada."

Para ele, o ideal seria que a verba fosse suficiente para o autor dedicar-se apenas à criação da obra.

Já para Magno Costa, que publicou no começo do ano "A Vida de Jonas" com verba do Proac, o programa funciona como uma espécie de atrativo para as editoras. Com o dinheiro na mão, aumentam as chances de emplacar a proposta. "Você tem a visibilidade necessária para ter a atenção do editor."


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