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Iniciativa inseriu Brasil na rota das grandes turnês

DO EDITOR-ASSISTENTE DA "ILUSTRADA"

Em janeiro de 1985, até quem tinha ingresso na mão duvidava que o Rock in Rio começaria no dia 11 com todas as atrações prometidas.

Até então, o país tinha assistido a apenas dois shows gigantes em estádios, o do Queen, em 1981, e o do Kiss, em 1983. Era pouco, diante de uma extensa lista de turnês anunciadas e posteriormente canceladas --Rolling Stones, em 1974, e Deep Purple, em 1978, chegaram a ter ingressos vendidos, e depois devolvidos.

Mas todos os nomes agendados vieram ao festival. Mérito de um trabalho de convencimento, que Medina fez em "corpo a corpo" com cada um dos artistas.

O sucesso de mais de um milhão de pessoas assistindo ao primeiro Rock in Rio inspirou confiança nos convidados para turnês no país. A boa repercussão entre empresários americanos e europeus ajudou a inserir o Brasil no circuito dos shows internacionais.

Medina criou um evento familiar, no qual as pessoas vão pelo prazer de contar aos outros que estiveram lá. Isso explica o fetiche por camisetas e adesivos para carros que trazem a inscrição "Rock in Rio - Eu fui!".

Uma surpresa para o empresário foi a reação do público diante da escalação de nomes de MPB e pop internacional num evento cujo nome atraía os roqueiros.

Pouco de rock tinham Elba Ramalho, George Benson ou Al Jarreau. Foi natural a rejeição por quem queria ver Ozzy Osbourne ou AC/DC. As reclamações roqueiras continuam, como atesta a vaia para o axé baiano de Claudia Leitte em 2011.

Escaldado, ele vai separar em Las Vegas um fim de semana de rock e outro de pop.

Depois, para a sexta edição nacional, em setembro, ele alimenta a ideia de trazer nomes importantes da trajetória do festival no Brasil. Principalmente quem esteve no primeiro, como James Taylor e Scorpions.

Ele diz que a vontade dos estrangeiros em tocar no Brasil ajuda. "O Metallica veio mesmo quando não estava em época de turnê, porque eles adoram tocar aqui."

E quanto ao Guns N' Roses, que veio no auge, em 1991, e voltou em momento de baixa, em 2011? Medina fala com carinho do líder da banda, o cantor Axl Rose.

"O Guns é um caso de loucura pessoal, uma briga de cão e gato entre eu e o cara. Sempre que eu trago é um rebu, mas lota."


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