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Renato Aragão faz sua estreia no palco em musical no Rio

Com mais de cinco décadas de carreira, ator de 79 anos estrela 'Os Saltimbancos Trapalhões', que estreia hoje

Com Dedé Santana, espetáculo de Charles Möeller e Claudio Botelho é adaptação do filme de 1981

LUIZA FRANCO DO RIO

"Ô, Charles, não dá pra botar um playback, não?", pergunta Renato Aragão, o Didi, ao diretor de teatro Charles Möeller, durante um ensaio de "Os Saltimbancos Trapalhões - O Musical".

Com mais de cinco décadas de carreira, Renato se diz intimidado. Aos 79 anos e recém-recuperado de um infarto, faz sua estreia no teatro nesta adaptação musical do filme de 1981, que entra em cartaz nesta sexta (3), na Cidade das Artes, no Rio.

"E logo com tanta gente, todos de primeiro número", diz o comediante, estupefato.

Ele se refere à trupe de atores, acrobatas e artistas de circo que cantam, dançam e parecem feitos de borracha nos números musicais do espetáculo dirigido por Möeller e Claudio Botelho. A dupla tem 34 musicais no currículo, entre eles sucessos de público como "Um Violinista no Telhado" (2011).

Sem Mussum e Zacarias, que completavam o quarteto Os Trapalhões, Didi e Dedé Santana sobem ao palco como protagonistas da peça --que, assim como o filme, tem sua origem no musical "Os Saltimbancos" (1977), adaptação de Chico Buarque para a fábula musical italiana "I Musicanti".

CLÁSSICOS

O espetáculo atual traz canções clássicas do musical, como "História de Uma Gata" e "Todos Juntos" e músicas feitas por Chico especialmente para o filme, como "Piruetas", "Hollywood" e "Meu Caro Barão".

Quem esperar ver Didi cantando e dançando sairá decepcionado. "Se eu for dançar, uma parte vai ao banheiro e outra vai embora", diz o humorista. Sua atuação se parece com a que faz na TV, com piadas e diálogos; ele canta apenas uma canção.

O texto da adaptação é de Möeller, mas o Trapalhão-mor acompanhou a criação de cada cena. Na trama, Didi, Dedé e sua trupe trabalham no circo do Barão (Roberto Guilherme, o Sargento Pincel), um magnata explorador, e tentam conseguir sua liberdade.

A premissa do espetáculo é a mesma do filme, mas a peça toma algumas liberdades com o roteiro. "Dei tintas carregadas para os vilões. Hoje as crianças amam os vilões. Veja os filmes da Disney, por exemplo", diz Möeller.

Instrumentos como trompete e acordeão dão um clima circense ao musical. A canção "O Circo", de Sidney Miller, embala a entrada do público no teatro.

O espetáculo tem as dimensões operísticas pelas quais os diretores são conhecidos: reúne 35 pessoas em cena e outras 40 nos bastidores. Mais de 200 lâmpadas foram usadas no cenário.

A peça captou R$ 2 milhões via lei Rouanet para a montagem carioca e recebeu doações de empresas que equivalem, pelas contas de Botelho, a cerca de mais R$ 2 milhões. Ainda não há previsão de estreia em São Paulo.


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