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Mostra de SP destaca filmes da Espanha e da América Latina
Festival de cinema, que começa dia 16, exibe longas de Almodóvar e produções de novos diretores espanhóis
Evento traz 50 títulos nacionais, estreia de documentário de Walter Salles e obras premiadas em Cannes e Veneza
O espanhol será praticamente o idioma oficial da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que começa na próxima quinta-feira (16) e vai até 29/10.
Para começar, há retrospectiva de longas do mais famoso dos cineastas espanhóis, Pedro Almodóvar, e de Víctor Erice. O filme que abre a programação, "Relatos Selvagens", de Damián Szifrón, é argentino. O que fecha é dominicano: "Dólares de Areia", dos diretores Amélia Guzmán e Israel Cárdenas.
Espalhados entre os 331 títulos, há filmes da nova geração de diretores da Espanha, país homenageado neste ano, caso de Jaime Rosales ("Hermosa Juventud") e Fernando Franco ("A Ferida").
A mostra traz também alguns premiados em festivais, como o sueco "Um Pombo Pousou num Galho Refletindo sobre a Existência", de Roy Andersson (vencedor em Veneza) e "Winter Sleep", do turco Nuri Bilge Ceylan (Palma de Ouro em Cannes).
Além deles, nomes de peso do cinema autoral: o filipino Lav Diaz ("Do que Vem Antes"), o egípcio Atom Egoyan ("The Captive") e Olivier Assayas ("Acima das Nuvens").
Também há espaço para o mais pop: do diretor canadense Jean-Marc Vallé ("Clube de Compras Dallas") vem "Wild", baseado no best-seller de Cheryl Strayed.
A programação foi anunciada na manhã de sábado (4), pela diretora da mostra, Renata de Almeida. Ela destacou a exibição de "P'tit Quinquin", de Bruno Dumont, lançado na França como minissérie de televisão.
"Ele reverteu o lugar do cinema e da TV. Saiu na capa da bíblia do cinema francês, a Cahiers du Cinéma'", afirmou Renata. "Para mim, é cinema, não importa se você vê no celular ou na televisão."
Há também 50 filmes brasileiros na mostra, espalhados em seções de retrospectiva, perspectiva e competitiva. Premiados em Paulínia, há "A História da Eternidade", de Camilo Cavalcante, e "Casa Grande", de Fellipe Barbosa.
Walter Salles faz a estreia mundial do documentário "Jia Zhangke - Um Homem de Fenyang", sobre o diretor chinês de "Em Busca da Vida" (2006).