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Crítica filme

'Terra dos Mortos' mergulha fundo em medos e perversões

INÁCIO ARAUJO CRÍTICO DA FOLHA

O terror representa, não raro, a derrota da ciência humana seja pelo primitivismo, seja pelos desatinos do próprio humano. No caso de "Terra dos Mortos" ("Land of the Dead", MGM, 23h; 14 anos) acontece o que todo mundo podia prever: a humanidade é dominada e transformada numa montanha de zumbis.

Como as inúmeras pragas que se difundem de forma ameaçadora, os zumbis também agem por contágio. Quem resta? Alguns bravos humanos que usam as últimas armas para detê-los, e os ricos.

Estes ocupam uma mistura de shopping com hotel de luxo. São como os ricos do "Metrópolis". George Romero, grande mestre do gênero, não se rebaixa a jogar com sustos: vai ao fundo de nossa imaginação, de nossos medos, mas também de nossas perversões. Como certos valores e hábitos de consumo.


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