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Crítica - Romance

Comédia previsível desperdiça talento de Michael Douglas e Diane Keaton

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

A trajetória de Rob Reiner como diretor é oscilante, mas ele é sempre lembrado por "Harry e Sally "" Feitos Um para o Outro" (1989), comédia romântica que trouxe inovações na época. Infelizmente, no longa "Um Amor de Vizinha", Reiner opta pela comodidade dos clichês.

O argumento dessa história cheia de bons sentimentos já foi visto milhares de vezes. Oren Little (Michael Douglas) é um corretor de imóveis egocêntrico e rabugento que tem verdadeiro prazer em insultar quem está por perto, inclusive clientes.

O contraponto é feito por Leah (Diane Keaton), a vizinha. Sociável e emotiva, ela trabalha como cantora em um restaurante.

Apesar dos temperamentos diametralmente opostos, ambos têm coisas em comum: são sessentões, viúvos e têm dificuldades para superar a perda do ser amado.

Os dois vivem às turras, até que surge, do nada, a pequena Sarah (Sterling Jerins), neta de Oren cuja existência ele ignorava. Sarah vai passar algum tempo com o avô, que de cara afirma não ter a menor intenção de cuidar dela.

A partir daí, tudo fica previsível. A presença da menina vai operar "milagres" no endurecido coração do avô e --é claro-- não deixará de repercutir na relação dele com Leah. Tudo é questão de tempo.

A borboleta criada por Sarah, que passa por quatro fases --ovo, larva, pupa e inseto adulto--, é uma metáfora que anuncia, como se isso fosse necessário, a transformação de Oren.

O convencionalismo da trama, a opção pela facilidade das fórmulas do gênero, a aversão a correr qualquer risco fazem do filme uma monótona sucessão de situações que só preparam o terreno para a redenção final.

Pela primeira vez juntos, Michael Douglas e Diane Keaton alternam bons momentos com passagens menos inspiradas por causa da irregularidade dos diálogos e dos chistes.


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