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Crítica / Música

CopaFest une gêneros e reflete rica produção instrumental do país

CARLOS CALADO ENVIADO ESPECIAL AO RIO

Foram três noites animadas e ecléticas. Na quinta edição do CopaFest, que ocorreu no Rio entre os dias 1º, 2 e 3, ouviu-se samba, baião, funk, jazz, choro, maracatu, salsa e até rock.

Talvez esta seja a melhor definição do evento: um festival de música instrumental sem preconceitos.

Isso ficou mais evidente ainda na última noite, que se estendeu pela madrugada de domingo.

Com sua pequena orquestra, o veterano baterista Wilson das Neves recriou clássicos da MPB, como "Zazuêra" (Jorge Ben) e "Essa Moça Tá Diferente" (Chico Buarque), em suingados arranjos instrumentais. Mas também cantou seu sucesso "O Samba É Meu Dom", com a plateia fazendo coro.

Antes dele, Pepeu Gomes transformou o salão do hotel Copacabana Palace em uma arena de rock.

"Vai ser alto!", avisou o guitarrista baiano, exibindo sua pegada roqueira até em uma seleção de choros, como "Noites Cariocas" (Jacob do Bandolim) e "Brasileirinho" (Waldir Azevedo), além de tocar alguns de seus sucessos instrumentais.

Os shows de sexta, mesmo diferentes, mostraram algo em comum: muitas composições inéditas.

Com a banda Magnética Intergaláctica, o guitarrista Kassim prendeu a atenção da plateia por duas horas com os temas que compôs para o animê "Michiko to Hatchin".

Atração mais esperada do festival, o supergrupo Shinkansen -Toninho Horta (guitarra), Jaques Morelenbaum (cello), Liminha (baixo) e Marcos Suzano (percussão)- mostrou pela primeira vez o eclético repertório de seu CD de estreia, que combina lirismo, experimentações e referências ao Japão.

Até o tecladista Eumir Deodato, expoente da bossa nova radicado nos EUA, fez questão de exibir incursões pelo pop/rock.

Chegou a tocar "Black Dog" (Led Zeppelin) e "Do It Again" (Steely Dan), mas o clímax de seu show foi mesmo o inventivo arranjo de "Also Sprach Zarathustra" (Strauss), que fez parte da trilha do filme "2001 - Uma Odisseia no Espaço".

Um país com uma música instrumental tão rica e diversificada como o Brasil pode, certamente, inspirar outras saborosas edições do CopaFest por muitos anos.


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