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Crítica
'Amélia' faz rir ao mostrar história de ficção baseada em caso real
INÁCIO ARAUJO CRÍTICO DA FOLHA"Amélia" (TV Brasil, 22h30, 12 anos) desenvolve uma estranha ficção a partir do fato, real, de a atriz francesa Sarah Bernhardt, no começo do século 20, ter vindo ao Brasil. Foi quando Bernhardt sofreu sério acidente -o que figurou no quadro de honra das vergonhas nacionais.
O que vem a seguir é ficção, a melhor já desenvolvida por Ana Carolina. Bernhardt tem uma camareira brasileira, Amélia, que morre em Buenos Aires. Sobram vivas as irmãs, matutas do interior de Minas que vêm ao Rio recebê-la.
O que se dá então é uma tremenda incompatibilidade cultural e linguística: o mundo de cá e o de lá são impermeáveis. E Miriam Muniz, uma das irmãs, berra loucamente, como se gritando pudesse se fazer entender em francês. A gritaria é suportável e faz rir.
