Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Ilustrada

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Crítica Madonna no Rio

Madonna comanda espetáculo visual grandioso e até canta

Artista exibe boa forma física em terceira turnê pelo país; repertório repassa todas as fases da sua carreira

Silvia Izquierdo/AP
A cantora Madonna em momento do show no Rio que abriu sua MDNA Tour no Brasil
A cantora Madonna em momento do show no Rio que abriu sua MDNA Tour no Brasil
LÚCIO RIBEIRO NO RIO

Ali, entre explosões em HD, jorros de sangue e uma igreja indo pelos ares no telão gigantesco. Ali, entre 20 e tantos dançarinos, uma mudança constante de cenário e umas seis trocas de roupas. Ali, no meio daquilo tudo, tinha a Madonna.

A performer americana, cantora e periguete mais famosa da história da música pop, abriu no Rio, na noite de domingo, sua MDNA Tour.

A turnê faz paradas em São Paulo, no Morumbi, hoje e amanhã. Ainda há ingressos à venda, principalmente para amanhã (leia na pág. E4).

O giro brasileiro, que atraiu 67 mil pessoas, segundo a organização, ao Parque dos Atletas, no Rio, anteontem, termina em Porto Alegre, no domingo. É a terceira vez de Madonna no país, após passagens em 1993 e 2008.

O "periguete" da descrição da cantora é palavra dela mesma, que estampou o termo em tatuagem nas costas, a certa altura do show, para perguntar ao público: "Vocês me acham gostosa?"

A pergunta era óbvia. Não tinha como não achar aquela senhora de 54 anos gostosa. Ou "ainda" gostosa.

Em seu show "musical-da-Broadway", mesmo com toda aquela parafernália visual para atrair atenções, Madonna mostrou sua famosa luz própria e atraiu os olhares o tempo todo.

Ela comanda um espetáculo em que encarna todas as suas fases musicais, da santa à pecadora, revisitando seus 30 anos de reinado pop, um osso que ela insiste em não largar (Viu, Lady Gaga? Desistiu, Britney Spears?).

Santa, pecadora e preocupada em resolver os problemas das guerras no mundo. "Você estão vendo o que está acontecendo na Palestina, em Israel, no Irã? A gente precisa mudar isso. Mostrar dignidade, amor e respeito pelo próximo é um modo de começar uma revolução."

Entre mensagens, engajamentos, danças, roupas e poucas roupas, o show é irregular, tem altos e baixos, mas é bom quase o tempo todo.

Vários tons de bom. Releituras de grandes e milionários sucessos se misturam a algumas canções fracas de seu último álbum, "MDNA".

Mas, se seu talento em compor gemas pop está indo em direção ao ocaso, fisicamente Madonna se mostrou super em forma. A apresentação é boa por isso e porque a performer, claro, tem muita história para contar.

O começo do show tem um pique de início de filme do 007 com ela de roupa de couro preto mais parecendo uma Mulher-Gato do que Bond Girl. Tiros e lutas coreografadas são embalados pelas músicas "Revolver" e "Gang Bang", esta última a melhor de seu mais recente álbum.

Madonna faz tudo isso, incluindo subir parede, cantando. Em que pese ter algum reforço vocal para ajudá-la enquanto corre, salta, briga, dança e canta, a artista pop segura a onda quase todo o tempo também no gogó.

De resto, teve... tudo. A fanfarra suspensa em "Gimme All Your Luvin'", a reformada moderna do hit sexy "Justify My Love", a fase "puta velha" com striptease, o filho Rocco dançando break em "Open Your Heart", o momento glamour com "Vogue".

Não tem muito erro. Quem vai ver Madonna vê Madonna, com tudo o que a cerca incluído no pacote.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página