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Arquitetos serão chamados para 33º Panorama da Arte Brasileira

Lisette Lagnado, curadora da exposição, busca projetos para uma nova sede do MAM de SP

Para ela, é preciso discutir 'até que ponto a arquitetura do museu dá conta das aquisições' feitas para seu acervo

Apu Gomes/Folhapress
Prédio do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), que recebe em 2013 a exposição Panorama da Arte Brasileira
Prédio do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), que recebe em 2013 a exposição Panorama da Arte Brasileira
FABIO CYPRIANO CRÍTICO DA FOLHA

O 33º Panorama da Arte Brasileira, exposição mais tradicional do Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), vai convocar arquitetos para criar uma nova sede para a instituição.

Essa é a proposta de Lisette Lagnado, curadora da mostra e responsável pela 27ª Bienal de São Paulo, em 2006. "Eu não queria fazer mais uma exposição de mapeamento. Outras instituições, como o Itaú Cultural, com o Rumos, já fazem isso bem", avalia Lagnado.

O conceito do Panorama, programado para setembro de 2013, partiu, segundo sua curadora, da constatação de um "incômodo": "É um museu sem sede própria, que ocupa um espaço provisório que se tornou definitivo, o que é uma característica da nossa modernidade".

A sede do MAM, de fato, foi criada em um ambiente temporário, projetado para a exposição "Bahia", idealizada por Lina Bo Bardi e Martin Gonçalves, em 1959, embaixo da marquise do Ibirapuera, e realizada durante a 5ª Bienal de São Paulo.

O pavilhão acabou se tornando sede do MAM, em 1968, sob protestos de Oscar Niemeyer (1907-2012), pois descaracterizava seu projeto original para o parque.

Cinco escritórios de arquitetura já foram convidados para a mostra, sendo quatro de São Paulo -Andrade Morettin, Tacoa, spbr e gruposp- e um do Uruguai, Y.

Lagnado ainda está entrando em contato com outros escritórios, como o suíço Herzog & de Meuron, que projeta o Complexo Cultural Luz, em frente à Sala São Paulo. "Não sei se terão tempo, mas gostaria de contar com eles."

ARTISTAS

O Panorama, contudo, não será realizado apenas com arquitetos. "A exposição vai mostrar diversas facetas da relação entre arte e arquitetura. Estou contatando também artistas, e a participação deles vai depender do que propuserem", afirma a curadora. Para tanto, Lagnado escreveu um texto sobre o princípio curatorial da mostra.

"Visitei o local com artistas como o costa-riquenho Federico Herrera e conversei com a Dominique Gonzalez-Foerster. Ambos ficaram de enviar projetos", conta.

O Panorama, segundo Lagnado, dá o "DNA contemporâneo ao MAM, e é graças a ele que muitas aquisições são feitas". Uma das questões que sua curadoria pretende levantar é "até que ponto a arquitetura do museu dá conta dessas aquisições".

Com tal formato, rompe-se novamente a estrutura do Panorama, como Adriano Pedrosa fez em 2009, ao criar uma exposição sem artistas brasileiros sobre arte brasileira, gerando intensa polêmica. "Eu precisava de uma questão, e a contradição do nome do museu, localizado num parque que é o cartão-postal da nossa modernidade, e um museu que não faz jus a esse nome, me pareceu um bom princípio", sintetiza Lagnado.


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