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Crítica Documentário

Produção acerta em cenários, fotografia e novas versões de músicas marcantes

THALES DE MENEZES EDITOR-ASSISTENTE DA “ILUSTRADA”

Produzir um documentário é bem mais fácil quando o biografado é bom. Vamos combinar que Jorge Mautner é ótimo, mas os méritos de sua cinebiografia não se concentram em sua figura.

"Jorge Mautner - O Filho do Holocausto" não é só música e depoimentos. Vai além porque traz ideias interessantes e muito bem realizadas.

A primeira sacada é levar quem vai falar sobre Mautner para o estúdio. No lugar de colher declarações no habitat dos convidados, cada um é filmado em um cenário personalizado. São ambientes elegantes que podem lembrar bibliotecas ou salas de estar.

O trabalho de iluminação deixa tudo muito bonito, numa delicada unidade visual.

A segunda ideia é não usar gravações originais. Mautner também vai ao estúdio e ali recria suas canções. Para acompanhá-lo, uma banda com Nelson Jacobina, seu fiel escudeiro morto no ano passado, e uma nata de músicos do Rio -Kassin, Domenico, Berna Ceppas e Pedro Sá.

Caetano Veloso é a cereja do bolo. Além de conversas engraçadas com Mautner e Gilberto Gil, lembrando o exílio em Londres, ele canta várias músicas com o biografado, duetos que só reforçam a poesia de Mautner.

Há muitos outros acertos, como o divertido e revelador bate-papo de Mautner com a filha Amora. Um final fofo.


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