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Ex-líder do Simply Red volta à ativa com álbum de soul

"American Soul" é primeiro lançamento do britânico Mick Hucknall desde o fim do grupo, ocorrido em 2010

Cantor e compositor diz que, com o novo trabalho, quer resgatar a sonoridade que a banda tinha em 1985

FABIAN CHACUR COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"American Soul", novo álbum do cantor e compositor britânico Mick Hucknall, é seu primeiro lançamento desde que a banda que o fez famoso, o Simply Red, saiu de cena, em 2010, após 25 anos e milhões de discos vendidos.

O álbum traz releituras de temas menos óbvios do soul, pinçados do repertório de nomes seminais do gênero, como Otis Redding e Etta James.

Em breve passagem pelo Brasil, Hucknall recebeu a Folha em São Paulo, para a seguinte entrevista.

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Folha - Para começar, por que o Simply Red acabou, após anos de sucesso e ainda levando multidões aos shows?
Mick Hucknall - Acabei com o Simply Red porque queria fazer coisas diferentes, trabalhar com outros músicos. Fiz um show com orquestra, trabalhei com Ronnie Wood, Charlie Watts e Bill Wyman. Estou aberto a ideias, quero surpreender.

Como surgiu o novo álbum?
Quis explorar o rhythm and blues e o soul dos anos 50 e 60, mas sem parecer cover. Quando o Simply Red começou, antes do primeiro disco, em 1985, soávamos como uma banda de rhythm and blues dos anos 60. Nosso produtor, Stewart Levine, disse: "Estamos em 85, não em 65, precisamos fazer sua banda soar mais moderna". Tento recuperar aquele projeto.

"American" Soul tem uma ligação com o seu trabalho solo anterior, "Tribute to Bobby" (2008), homenagem ao cantor e compositor de soul Bobby "Blue" Bland, não é mesmo?
Sim. Sou fã dele desde a adolescência. Foi emocionante ouvir suas histórias, ter sua aprovação. Fazer esse tipo de música soar fresca é meu desafio atual. "How Strong My Love Is", do novo CD, por exemplo, escolhi pelo fato de a letra soar moderna.

Por que regravou "I'd Rather Go Blind", que fez sucesso com Etta James?
Em 1986, na entrega do Grammy, conheci Etta James. Ela disse que adorava minha voz e minha música "Holding Back The Years", que ela depois regravou. Foi minha forma de retribuir a gentileza, além de ser uma bela canção.

O álbum "Stars" (1991) vendeu milhões de cópias no mundo, menos nos EUA. Foi isso que o levou a criar o seu próprio selo, o simplyred.com?
Sim. A gravadora do grupo na época, a East West, dizia que o disco era muito europeu e que, nos EUA, o público negro o achava muito branco, e o público branco, muito negro. Ficou claro que precisava me livrar deles, mas foi duro, só consegui em 1999.

O Simply Red tocou várias vezes no Brasil desde 1988 e até teve um guitarrista brasileiro, Heitor T.P.. Como avalia sua relação com o nosso país?
Sempre que venho ao Brasil algo original acontece. São muitas boas lembranças, como a do nosso primeiro show no Rio, em que o público todo cantou conosco versos de "Holding Back The Years". Vi quanto gosto do que faço.


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