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Crítica

Premiação foi monótona e sem graça

Seth MacFarlane foi fiasco como apresentador em cerimônia do Oscar, realizada anteontem

ANDRÉ BARCINSKI CRÍTICO DA FOLHA

A 85ª cerimônia de entrega do Oscar, realizada na noite de anteontem, foi uma das mais monótonas e sem graça dos últimos anos. O humorista Seth MacFarlane, que apresentou a cerimônia, foi um fiasco. Supostamente um dos grandes satiristas da cultura pop contemporânea, MacFarlane não agradou, fazendo piadas que causaram sorrisos amarelos e, em alguns casos, até constrangimento.

Um longo número de abertura, em que MacFarlane contracenou com William Shatner, de "Jornada nas Estrelas", foi longo em excesso e não teve a menor graça. Ao longo da cerimônia, que se arrastou por quase três horas e meia, várias outras piadas também causaram mais espanto que risadas.

A cerimônia foi marcada por números musicais. Pena que, para cada cantora talentosa como Shirley Bassey, que cantou o tema de "Goldfinger", de "007", tivemos de aturar o elenco de "Os Miseráveis" ou Jennifer Hudson gritando o tema do filme "Dreamgirls".

Para piorar, a direção da festa decidiu colocar a orquestra em um prédio longe da cerimônia, o que dificultou ainda mais a interação com cantores e dançarinos.

Entre os vencedores, um dos discursos mais engraçados foi o de Daniel Day-Lewis, que ganhou por "Lincoln" e brincou com a apresentadora do prêmio, a atriz Meryl Streep, dizendo que ela tinha sido a primeira opção de Steven Spielberg para seu papel.

E um dos poucos momentos de emoção genuína da noite foi o discurso atrapalhado e comovido de Ben Affleck, que, ignorado na categoria de diretor, viu seu "Argo" levar o prêmio de melhor filme.

O prêmio marcou uma ressurreição na carreira de Affleck, que, após ganhar o prêmio de melhor roteiro por "Gênio Indomável" (1997) e fazer uma carreira como ator em filmes geralmente muito ruins, se reinventou como diretor.

"Você não pode guardar rancores", disse Affleck, quase às lágrimas. "Não importa quantas vezes você seja nocauteado pela vida, tudo que importa é levantar e tentar de novo."

A transmissão alcançou sua maior audiência na televisão americana desde 2007. No Brasil, a Globo registrou nove pontos no Ibope (cada ponto equivale a 62 mil domicílios na Grande SP) -um a menos que no ano passado.


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