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Chanel exibe looks jovens nos desfiles parisienses
Estética inspirada nos anos 1990 marcou presença nesta temporada
Coleção acanhada e até malfeita de Hedi Slimane para YSL foi o grande fracasso da semana de moda
Um globo terrestre preto sinalizado com uma bandeirinha para cada loja Chanel ao redor do mundo. A decoração escolhida para o desfile da grife, anteontem, em Paris, não deixou dúvidas sobre o movimento das tropas de Karl Lagerfeld na direção do crescimento da maison francesa.
O interessante é notar como os looks da marca estão cada vez mais jovens. Afinal, cabe às novatas levar à frente o império de Coco e ampliar o número de bandeiras nesse tabuleiro de War. O jogo está agora concentrado principalmente na Ásia. Os olhos puxados na passarela, aliás, aumentaram sensivelmente.
A estética jovem inspirada em alguns movimentos musicais dos anos 1990 esteve presente como um pano de fundo e, às vezes, como protagonista nesta temporada. Clubbers, góticos, grunges, suas canções melancólicas e suas roupas decadentes. Tudo virou luxo. Ou quase.
O fracasso da semana ficou por conta da coleção de Hedi Slimane para a YSL. A coleção parecia acanhada e às vezes até malfeita. Seria ótima para uma grife jovem, mas não segurou a onda da memória de Yves Saint Laurent.
E qual será a receita do chique? A Hermès respondeu com simplicidade, cortes precisos e couros belíssimos. As francesas mais tradicionais adoraram a coleção da marca, uma das mais elegantes.
Já as fashionistas pensam na Louis Vuitton. Marc Jacobs, que despontou nos anos 1990, relembrou um clássico do guarda-roupas da época: o vestido-camisola com casaco. O desfile também fez referência aos anos 1930, criando uma dobradinha melancólica de décadas.
Paris está meio dark nesta temporada. Resta trancar-se no quarto ou encarar uma pista escura para dançar e expulsar os demônios.