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Dinheiro guardado substitui valor do FGTS
COLABORAÇÃO PARA A FOLHAQuem estiver interessado em vender o apartamento para comprar outro mais caro deve ter uma poupança que garanta o pagamento da entrada do novo espaço.
Isso ocorre porque o dinheiro do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço),não pode ser utilizado, já que o fundo pode ser sacado apenas para a aquisição do primeiro imóvel.
Segundo Aparecido Viana, dono da Viana Negócios Imobiliários, a maioria das famílias opta pela troca nos primeiros dez anos de financiamento. "Se ela for antes dos primeiros cinco anos, é preciso ter dinheiro guardado, pois os pagamentos só amortizam a dívida nos primeiros anos, mas a entrada será pequena", diz.
Claudio Borges, diretor da área de credito imobiliário do Bradesco, diz que atualmente as famílias que procuram o banco têm quase metade do valor para garantir o pagamento da casa própria.
MUDANÇA
A administradora de empresas Flávia Barbosa Magalhães de Lima, 30 anos, fez uma poupança para trocar a cidade de Taboão da Serra (Grande São Paulo) pelo bairro do Morumbi (zona oeste) em março. Ela precisou pagar a entrada do novo apartamento com o dinheiro que guardou na poupança.
Lima ficou menos de três anos no apartamento anterior e diz que ainda faltavam 28 anos de pagamento no financiamento antigo. "Tudo foi quitado normalmente com o novo comprador. O banco que ele escolheu pagou o meu financiamento completo. Agora valerá o novo contrato, no nome dele", diz ela.
Ela vendeu o imóvel antigo em menos de um mês e agora aguarda a liberação da contratação do novo financiamento. Os dois apartamentos têm a mesma metragem, mas o novo espaço tem um quarto a mais que o anterior e um terraço gourmet. "A quitação do empréstimo antigo e a aquisição do novo demoraram menos de um mês."
Além de realizar o sonho de trocar o imóvel por um maior, ou mais bem localizado, a troca de apartamento também pode garantir juros menores, já que desde o ano passado os bancos têm diminuído as taxas mensais.
"Dá para financiar um imóvel com juros de 8,5% a 9,5% ao ano. Antes, o valor médio era de 10% a 10,5%", diz o presidente do Creci-SP, José Augusto Viana Neto.