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Deck de madeira divide espaço com PVC em novos projetos
Arquitetos elencam vantagens de cada material, como a durabilidade
Decks são feitos tradicionalmente de madeira, mas a versão do piso em PVC (tipo de plástico) vem ganhando espaço nos projetos de arquitetura. A opção por um ou outro material divide opiniões.
Para Carlos Lima, gerente de produtos da empresa de revestimentos Pertech, o PCV é mais sustentável.
O arquiteto Mauro Munhoz discorda: "Ambientalmente, a madeira é imbatível". Ele conta que a árvore fixa carbono enquanto cresce e derivados do petróleo, como o PVC, fazem o contrário, agravando o efeito estufa. "O manejo sustentável da madeira garante seu uso correto", diz.
O piso de madeira ao ar livre é interessante, para Munhoz, sobretudo em regiões de clima quente porque funciona como "sombreador".
E vale ressaltar que deck não é prerrogativa de piscina e varanda. Em mezaninos ou até áreas internas, o revestimento cai bem.
Sobre a instalação, Munhoz frisa que madeira precisa de ventilação e não pode estar tão perto do chão. "Duas superfícies próximas retêm água e o material apodrece."
Abaixo do deck, deve haver um elemento de estanqueidade, como manta de evalon, telha metálica ou concreto.
O deck de PVC pode durar até dez anos, segundo Lima. Para a limpeza, ele indica água e detergente neutro.
A durabilidade da madeira também é boa, atingindo "30 anos dependendo das condições", diz Munhoz.
O arquiteto é contra a utilização de verniz: "Ele impermeabiliza a madeira, mas nunca plenamente. Sempre vai haver um lugar por onde a umidade entra, mas não necessariamente sai".
O arquiteto Robert Robl não é tão radical e recomenda verniz com pouco brilho. "Se for intenso, tira a cara natural da madeira, além de esquentar muito com a incidência de sol, trincando o deck".
Robl prefere deixar a madeira envelhecer sem muita manutenção. "Dependendo do projeto, o aspecto detonado' que ela ganha com os anos fica muito charmoso".
O preço médio do metro quadrado do PVC é R$ 200. Já o da madeira varia de R$ 130 a R$ 190.