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Construtora diz que fará 'parque Augusta'

Setin afirma que projeto de edifícios continua de pé mesmo com aprovação de área verde pela prefeitura de SP

Empresas prometem criar o espaço e o abrirem ao público em troca de aprovação dos empreendimentos

DE SÃO PAULO

O presidente da incorporadora Setin, Antonio Setin, disse à Folha que o projeto da empresa em parceria com a Cyrela no polêmico terreno conhecido como parque Augusta vai sair do papel.

A declaração ocorre após o prefeito Fernando Haddad sancionar, no último dia 23, a lei que autoriza a criação do parque. Na quarta-feira passada, a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, responsável pelos parques, informou não ter verba para implantar a área verde.

A aprovação da lei foi comemorada por associações locais e moradores, que exigem um parque, mas sem edifícios no terreno.

Setin, porém, afirma não ter dúvidas de que o projeto de prédios será aprovado e que a nova lei lhe dá a "oportunidade" de construir o parque e abri-lo ao público.

Com a lei sancionada em dezembro, a posse do terreno não passa para a prefeitura. Para isso, ela precisará antes desapropriá-lo, indenizando os proprietários.

De acordo com a Secretaria do Verde, avaliação realizada em agosto estimava o valor para desapropriar o terreno, de cerca de 25 mil m², em R$ 70 milhões.

"IRRACIONALIDADE"

Para Setin, a prefeitura só pagaria a indenização e não aprovaria o projeto de um empreendimento com parque aberto ao público se "houvesse irracionalidade conjugada com muito saldo em caixa".

Ele diz que o receio de não aprovar o projeto é zero. "O nosso direito é garantido em lei, e o prefeito já deu demonstrações de probidade."

A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente, por meio da assessoria, informa que o tema não será comentado até ser discutido com o prefeito.

Haddad anunciou na quarta-feira passada a suspensão das desapropriações de áreas particulares para conter gastos da administração, após impedimento do reajuste do IPTU (Imposto Predial Territorial Urbano) pela Justiça.

PROJETOS

Setin diz que hoje há um processo sob análise na prefeitura que contempla um parque privado em 60% do terreno e três torres, de 42 metros de altura cada uma.

Ele afirma que, se conseguir autorização para dois prédios, um deles em formato de "L", com cem metros de altura cada um, cerca de 80% da área será aberta ao público, com esse projeto substituindo o anterior.

Segundo Setin, para isso ocorrer, é preciso derrubar no Conpresp (conselho municipal do patrimônio histórico) a resolução que, desde 2005, impede a construção de torres com mais de 42 metros no local. O incorporador diz que há cerca de um ano as empresas entraram com o pedido para ampliar a altura. Procurado na tarde de sexta-feira, o Conpresp não respondeu até o fechamento da edição.

De acordo com Setin, caso a prefeitura aprove esse projeto, as empresas entregarão 12 meses depois um parque aberto ao público administrado com verba privada, com praça, playgrounds, wi-fi e espaços como bicicletário.

Os custos, inclusive IPTU, seriam de responsabilidade das empresas, com o devido registro na matrícula do empreendimento.

Uma torre seria residencial, com aproximadamente 340 apartamentos de 60 m² a 100 m², com dois e três dormitórios. A outra teria 250 unidades hoteleiras, 300 estúdios, 200 escritórios e dez estabelecimentos no térreo, como lojas e restaurantes.


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