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Hábitos e peças ajudam a poupar água
Vazamentos, banho demorado, torneira aberta e limpeza de quintais lideram o desperdício; veja como evitá-los
Sistema de represas da Cantareira está no menor nível histórico, e risco de racionamento em São Paulo existe
As altas temperaturas deste verão e a falta de chuva acenderam o sinal de alerta em todo o Estado para possíveis problemas de abastecimento de água.
Além das recomendações tradicionais, como encurtar o banho e não lavar as calçadas, há peças que ajudam a economizar água e dinheiro.
"Há produtos que não custam muito, podem ser encontrados em qualquer depósito e podem reduzir em até 30% o valor total da conta", diz Plínio Tomaz, engenheiro civil especialista em hidrologia.
Entre as opções que não exigem obras nem serviço especializado para instalação estão arejadores (a peneirinha) e reguladores de vazão para torneiras e chuveiros.
Exige reforma ou mão de obra específica a colocação de torneiras com anel regulador de pressão (automáticas e eletrônicas) e vasos sanitários com caixa acoplada.
A limpeza de áreas externas com água também pode ser contornada. Semelhante a um cortador de grama ou aspirador de pó, os sopradores de ar varrem a sujeira ao emitir ventos de até 260 km por hora. Há empresas que prestam o serviço a partir de R$ 3.000 mensais (para contratação por 12 meses e limpeza diária), e o aparelho custa entre R$ 1.100 e R$ 2.100.
Avançar em projetos sustentáveis e fazer com que os produtos que garantam economia de recursos como água e energia sejam obrigatórios nos edifícios é ainda uma meta, segundo o CBCS (Conselho Brasileiro de Construção Sustentável) e o Secovi (sindicato do mercado imobiliário).
CONSUMO INDIVIDUAL
A medição individual do consumo de água, a captação de água pluvial e o controle de vazão para chuveiros estão entre as prioridades.
Segundo Orestes Marratini Gonçalves, coordenador do CBCS, a medição individual traz maior conscientização entre os moradores e pode reduzir o valor geral da conta do condomínio em até 40%.
Já a captação de água da chuva requer normatização sobre como deve ser feito o tratamento. Segundo Carlos Borges, vice-presidente de tecnologia e qualidade do Secovi-SP, a norma brasileira de água fria e quente está sendo revisada e privilegia soluções que economizem água.
"Há diversos projetos de lei em discussão e o Secovi defende que existam benefícios tributários que induzam o empreendedor a acelerar a construção sustentável."