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Segurança, ruído e higiene geram atritos

Condomínios, em geral, não têm regras para a criação de bichos de estimação, mas acabam mediando conflitos

Ao escolher um animal, o morador deve avaliar a sua disponibilidade de tempo e também o temperamento do bicho

DE SÃO PAULO

As convenções de condomínio normalmente não ditam regras para a criação de animais domésticos, segundo especialistas em administração de prédios. Ainda assim, o tema é polêmico e pode gerar conflitos.

As desavenças costumam ocorrer em razão de segurança (quando o bicho morde), perturbação (quando late ou mia muito) ou por insalubridade (por questões de higiene), segundo Hubert Gebara, vice-presidente de condomínios do Secovi-SP (sindicado do mercado imobiliário).

Na maior parte das vezes, o tema é resolvido no empreendimento, com a mediação do síndico. Quando isso não ocorre, o assunto pode ser levado à Justiça pelo condomínio, com a possibilidade de decisão que determine, inclusive, que o dono não conviva mais com o animal.

Para incluir uma regra no regulamento interno, como um limite de animais por dono, é preciso aprovação dos moradores em assembleia.

A coordenadora de projetos Mariana Lima, 33, diz que recebeu uma advertência do prédio há cerca de dois anos, porque uma vizinha reclamara de "miados excessivos".

Ela optou por ter duas gatas para que uma fizesse companhia para a outra, algo que especialistas recomendam.

A vizinha, autora da reclamação, mudou logo em seguida e não houve mais queixas. "As gatas são castradas e bem tranquilas, mas uma é mais faladeira", diz Marina.

EXÓTICO

Quando se trata de animais exóticos, o tema gera ainda mais resistência de moradores. Marcelo Mahtuk, da Manager, conta que um juiz ordenou que um morador deixasse de viver com um porco, que gerava queixas por causa da sujeira.

O porco foi levado a um sítio, mas morreu logo depois, e o dono passou a acusar a síndica pela morte do animal.

Outro caso polêmico ocorreu com o criador de uma cobra. Moradores assustados com a chance de o animal escapar levaram o condomínio a entrar na Justiça, para obrigar o proprietário a se desligar dela.

Nesse caso, o dono continuou com o direito de criá-la, e a justificativa fora que ele era treinado para fazê-lo.

A escolha de um animal para viver em apartamento deve considerar a disponibilidade de tempo do dono e o comportamento do bicho.

Mário Marcondes, diretor clínico do Hospital Veterinário Sena Madureira, diz que gatos, por serem mais independentes, adaptam-se melhor à vida em apartamento.

Já cães sentem-se tristes quando estão sozinhos e precisam de um acompanhamento maior. Por isso, não são indicados para quem fica muito tempo fora.

Um sinal para descobrir se o cão está deprimido é analisar suas patas, já que, nesse caso, ele costuma lambê-las, criando lesões na pele, segundo Marcondes.


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