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Ciberarquiteto

Design soviético

Mansão de 1901 revela que o interesse do homem por geometrias complexas não tem nada de digital

Minhas expectativas em relação à viagem a Moscou, para onde fui a trabalho, não eram grandes.

Mas a monumentalidade dessa capital, seus inúmeros museus, o impecável sistema de metrô e as atividades culturais que acontecem agora no verão revelaram uma cidade muito mais interessante do que eu esperava.

O Instituto Strelka é uma das mais atuantes instituições de arquitetura e urbanismo da Rússia. Dirigida por importantes nomes do cenário mundial, como o holandês Rem Koolhas (que este ano assina a curadoria da Bienal de Arquitetura de Veneza), o instituto promove debates, organiza concursos e tem um respeitado programa de pós-graduação ministrado em inglês.

O prédio abriga um restaurante badalado no terraço, com vista para o rio, e no átrio central, recebe festas, projeção de filmes e um intenso programa de palestras gratuitas.

Já o projeto de arquitetura sustentável do edifício temporário do Centro de Arte Contemporânea Garage, do arquiteto japonês Shigeru Ban, impressiona com sua forma oval estruturada por imensas colunas feitas de papelão.

Ele fica no Parque Gorky, que passou recentemente por reforma e se tornou um popular local de encontro, com lagos, restaurantes, bares e quadras de esporte --além de famosas aulas de dança aos domingos.

Outro parque que é visita obrigatória em uma visita a Moscou é o Ostankino (VDNKh), com seus inúmeros pavilhões de arquitetura soviética. O pavilhão Optika abriga até o fim deste mês a quinta edição do Hybrid Art, exposição de arte e tecnologia com obra imersiva do trio brasileiro Raquel Kogan, Rejane Cantoni e Leo Crescenti.

Fechei minha temporada na cidade com chave de ouro, em um dos mais belos exemplos de arquitetura Art Nouveau que já vi: a Mansão Ryabushinsky.

Projetada por Fyodor Schechtel e inaugurada em 1901, ela parece criada por programas computacionais de design paramétrico, construída com os mais sofisticados processos de fabricação digital. É uma mostra de que o interesse do homem por geometrias complexas e formas orgânicas inspiradas na natureza não tem nada de novo ou digital.


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