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Peças têm passado e futuro em Miami
Feira nos EUA valoriza o reúso e as referências históricas dos objetos
Os desenhos dos produtos exibidos no evento questionam os processos de criação e fabricação dos móveis
Fotos Divulgação | ||
DRIFTINSTALLATION dos arquitetos americanos Snarkitecture no Hall |
A feira de arte e design de Miami reflete a cultura de um país que sabe fazer entretenimento pop. Neste ano, em clima de Carnaval, Miami Beach recebeu estrelas do cinema, da música, da moda e das artes entre daiquiris, tatuagens, camisas floridas e muito calor.
No centro do Distrito de Design, o edifício Buena Vista abrigou galerias de arte, moda e design com enfoque menos comercial e mais alternativo. Na exposição Inventory 03 - Experience of a City, a galeria paulistana Coletivo Amor de Madre apresentou peças de edição limitada.
Ali perto, a Louis Vuitton lançou sua coleção de design "Nômade", composta por bancos transportáveis, redes, estantes flexíveis e até uma mesa portátil, em peças assinadas por Fernando e Humberto Campana, Christian Liaigre, Nendo e Patrícia Urquiola. Mais um exemplo de como as grandes marcas estão de olho no design.
HÍBRIDOS
Com seus "Pink Flamingos", em plena Ocean Drive, a Design Miami dá destaque a produtos que reinventam e hibridizam móveis clássicos, como cadeira-mesas, estante-luminárias ou mesa-sofás, por exemplo.
São projetos que buscam reutilizar resíduos sólidos, despertando um novo olhar para o nosso próprio lixo e mostrando que o reciclável pode ter forte apelo estético.
Os desenhos das peças exibidas em Miami questionam o processo de criação e fabricação dos móveis e anunciam que o futuro é, sim, digital, global e interativo, mas que também será, mais do que nunca, analógico, local e cheio de referências históricas.