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A seus pés

Novos edifícios residenciais propõem uso misto, com comércio e serviço; modelo é velho conhecido em SP e exige 'adesão' do morador

ALESSANDRO FIOCCO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

O arquiteto de informação Fernando Souza, 34, diz não se incomodar quando chega em casa, tarde da noite, e vê que o bar embaixo do seu prédio, na Bela Vista, está a mil.

"Quando está fechado, me sinto desconfortável. Procuro a chave e já entro. O bar aberto me dá uma sensação de segurança", diz ele.

Souza, que mora ali há três anos e meio, diz recorrer ao estabelecimento para "compras rápidas", como o frango assado de domingo.

O modelo de edifício residencial com comércio no térreo, que se popularizou na primeira metade do século 20 e esfriou na década de 70, mantém adeptos e ganha outros.

Novos empreendimentos em São Paulo "revisitam" essa configuração -em que torres residenciais dividem espaço com escritórios e comércio- sob a denominação "mixed-used" (uso misto).

O presidente do Secovi-SP (sindicato da habitação), Claudio Bernardes, diz haver "um novo olhar para algo que parecia ter ficado no passado". "Agora não é só a loja, mas torres com entretenimento e serviços no pé."

Para o professor Valter Caldana, diretor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo do Mackenzie, os edifícios mistos oferecem soluções inteligentes à vida urbana. "É de grande valia para se ter uma cidade mais dinâmica, humana e funcional. E também possibilita uma ótima relação do edifício com o entorno."

Mas é preciso ter o perfil adequado para conviver com alguns tipos de comércio, segundo Roseli Hernandes, diretora da Lello Imóveis. "É necessário se identificar. Quem quer um lugar tranquilo não vai morar em um prédio com um restaurante no térreo."


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