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Imóvel novo em São Paulo encolhe e fica mais caro

Área média diminuiu cerca de 30 m² em cinco anos, mas unidade está R$ 193 mil mais cara na cidade

Apartamento com um quarto perdeu 16 m² em três anos; tendência é de redução gradual, diz presidente do Secovi-SP

DANIEL VASQUES DE SÃO PAULO

Menores no tamanho, maiores no preço. Esse foi o movimento dos imóveis residenciais lançados na cidade de São Paulo de 2007 a 2012.

Em relação à área, uma casa ou apartamento novo mediam 102,3 m² em 2007 e 72,8 m² no ano passado. A redução foi de 29%, segundo dados da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio), compilados pelo Secovi-SP (sindicato de empresas do setor).

Em um cenário de preços estáveis, a redução não implica prejuízo ao consumidor, já que o valor médio da unidade cai conforme o seu tamanho diminui. Mas não foi o que aconteceu.

Em São Paulo, em vez de fazer o consumidor pagar menos, a redução na metragem foi neutralizada pelo forte aumento no valor do metro quadrado. O preço mais que dobrou nos últimos cinco anos, chegando a R$ 7.157 (alta de 124%), segundo a Embraesp.

Na prática, o comprador pagou em média R$ 193 mil mais por um apartamento que encolheu 29,5 m².

O MENOR DIMINUIU

A diminuição de um apartamento médio não quer dizer que todas as tipologias ficaram menores. Na realidade, no período, os imóveis ficaram do mesmo tamanho (no caso do de três dormitórios) ou maiores. A exceção ficou para a tipologia mais enxuta (um dormitório), que ficou ainda menor.

Após aumentar de tamanho em 2009 (de 49 m² para 55,7 m²), o um dormitório vem ficando mais apertado. A redução nos últimos três anos foi de 30% (para 39,3 m²), e o preço do metro quadrado teve valorização de 165%.

Para o presidente do Secovi-SP, Claudio Bernardes, a tendência é que os imóveis encolham gradualmente: "Se aumentam os custos, tem de subir preços; se a capacidade de compra não cresce na mesma proporção, tem de fazer alguma mágica. E a mágica é tentar reduzir o imóvel".

O executivo financeiro Edilson Roberto Simões, 36, conta que pesquisou bastante antes de adquirir seis novos apartamentos compactos na região central de São Paulo. Ele diz que a procura por aluguel desse tipo de imóvel é grande por solteiros e universitários, o que, segundo ele, justifica o investimento.


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