Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Mercado MPME

Controle de custos deveria se tornar hábito, dizem consultores

Rigidez no controle de gastos é fundamental para manter competitividade das empresas

Oportunidades de ganhos estão em toda parte: da conta de telefone à logística do fornecimento do café

FILIPE OLIVEIRA COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Gastar mais do que o necessário levou Anilton Gulfier, 43, a rever custos para equilibrar as contas de sua loja de material de construção em São Paulo.

A principal mudança foi cortar gastos desnecessários com aluguéis. Na época, a empresa ocupava um prédio de três andares. Para estocar as mercadorias, usava uma garagem ao lado do imóvel e outro ponto na mesma rua.

Com ajuda de consultores do Sebrae-SP, diz que conseguiu reorganizar o estoque, trazendo o material da garagem para os andares superiores, e passou a vender nos dois pontos que tinha na rua.

"Antigamente a gente só vendia, agora estamos prestando atenção em outras coisas. Gastava mais do que precisava em aluguel, luz, água e funcionários."

A redução de custos pode vir de forma compulsória ou espontânea, diz Pedro Parreira, da consultoria Parcon.

O primeiro caso acontece quando a empresa está endividada e cortar gastos é a única maneira de continuar no mercado. Nesse caso, a redução precisa ser brusca, diz.

Por outro lado, a empresa que quer ser competitiva, diz Parreira, precisa ter o hábito evitar desperdícios, incorporando a revisão de custos na rotina:

"Empresas grandes têm setores de planejamento e controladoria para isso. Já uma empresa menor não tem profissionais especializados."

Reinaldo Messias, consultor do Sebrae-SP, diz que mais do que ser melhor que a concorrência, as empresas devem tentar superar a si próprias sempre.

Para ele, ser competitivo significa fazer mais com menos. Porém, diz Messias, muitos empresários pensam que reduzir custos significa vender mais com menos funcionários e não avaliam outras oportunidades de ganhos.

ATÉ O CAFEZINHO

Examinando as contas telefônicas, a empresa Onduline, de Juiz de Fora, conseguiu economizar 29% em ligações de telefone fixo e celular.

A fabricante de telhas atua com um escritório central em São Paulo e vendedores nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste que usam celular.

A empresa conseguiu reduzir os custos com troca de operadora, escolha de um plano mais adequado e monitoramento das contas, diz Rodrigo Matos, gerente de tecnologia da Onduline.

"Já economizei até no cafezinho", diz Fernando Macedo, franqueado master da consultoria inglesa ERA (Expense Reduction Analysis), que comandou a redução nas contas telefônicas.

Para isso, diz Macedo, não foi necessário tirar a bebida, mas melhorar a logística, aumentando o número de máquinas e reduzindo o custo com o fornecimento frequente de café.

A consultoria recebe honorários proporcionais à economia que obtém no processo.

-

"Empresas grandes têm setores de planejamento e controladoria. Já as menores não têm profissionais especializados e podem ter vários gargalos"

PEDRO PARREIRA
diretor da consultoria Parcon


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página