Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Fundos com papéis privados são opção

Esse tipo de aplicação oferece maior possibilidade de retorno --mas mais risco-- do que as com títulos públicos

Em qualquer caso, taxas de administração e de performance e tributos podem reduzir a rentabilidade

ANDERSON FIGO COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

"Não é porque houve alta de 20% em um ano que isso vai se repetir no ano seguinteMauro Calileducador financeiro

Apesar do aumento para 7,50% ao ano, o juro básico permanece em um dígito, menor do que no passado --em julho de 2011, por exemplo, estava em 12,50% ao ano.

Nesse ambiente, papéis de empresas, como CDBs (Certificados de Depósito Bancário, emitidos por bancos) e debêntures (títulos de crédito de companhias não financeiras) podem ser uma alternativa mais rentável aos títulos do governo, remunerados pela taxa Selic.

O risco dos papéis privados, porém, é maior que o dos públicos, o que é preciso levar em consideração, alertam especialistas.

Fundos de renda fixa que aplicam nos títulos de empresas --e não apenas o investimento direto-- também podem ser uma opção. Nesse caso, o investidor também tem de considerar os custos.

As taxas cobradas pelos gestores de recursos variam, mas, para se ter uma ideia, um fundo com taxa de administração de 1% ao ano cobra R$ 1.000 para gerir um patrimônio de R$ 100 mil, mesmo que o cliente não ganhe nada com a aplicação.

É que esse tipo de taxa incide em todo o valor do fundo, não apenas sobre o rendimento da aplicação.

RENTABILIDADE PASSADA

O educador financeiro Mauro Calil destaca que um grande erro dos investidores é relacionar o ganho de uma determinada aplicação no passado a um desempenho similar no futuro.

"Não é porque houve alta de 20% em um determinado ano que isso vai se repetir no ano seguinte", diz Calil.

"O segredo para investir na renda fixa é avaliar constantemente o cenário", afirma.

Quanto às perspectivas para o juro básico, especialistas ressaltam que o comunicado que acompanhou a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) na última semana indicou que o ciclo de aperto monetário será mais curto que o previsto.

INCERTEZAS

"Ao destacar as incertezas no cenário de inflação, principalmente as externas, o Banco Central sinaliza que, como plano inicial, pretende fazer ajustes pequenos", diz Para Octavio Barros, diretor de pesquisa e estudos econômicos da Bradesco Corretora.

Para Barros, com esse discurso, a autoridade monetária ganha flexibilidade para próximas decisões, inclusive para interromper o ciclo se julgar conveniente.

De acordo com o analista Elad Revi, da Spinelli Corretora, a tendência é que o Copom (Comitê de Política Monetária) faça apenas cortes de 0,25 ponto percentual na Selic em suas próximas quatro reuniões, o que levaria a taxa em 8,50% no fim do ano.

"Mesmo assim, o juro básico deve continuar em um dígito, o que faz com que o cenário permaneça desafiador para quem está em busca de ganhos na renda fixa."


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página