Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Mercado

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Vaivém das Commodities

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br

Preço atrativo do arroz deve atrair argentino e uruguaio

A safra de arroz caminha para o fim. A colheita já atinge 90% da área semeada. O cenário para os preços é bom.

Em 2013, não está havendo a tradicional queda de início de ano, o que normalmente ocorre devido ao excesso de oferta. Pesquisa da Folha indica que a saca varia de R$ 30,00 a 31,50 no Sul do país, dependendo da região.

Apesar desses preços bons, Claudio Pereira, presidente do Irga (Instituto Rio-Grandense do Arroz), diz que há algumas preocupações.

Esse preço atrativo do mercado interno retira a competitividade do arroz brasileiro no mercado externo.

Com isso, a estimativa de exportação de 1,2 milhão de toneladas de arroz nesta safra foi reavaliada. "Será muito bom se conseguirmos 800 mil", diz ele.

Outra preocupação é que o preço interno fica atraente para argentinos e uruguaios, que devem elevar as vendas para o mercado brasileiro.

Os produtores brasileiros, capitalizados, estão participando pouco do mercado, uma vez que muitos deles também plantaram soja, produto com maior rentabilidade e que está sendo comercializado neste período.

A entrada de arroz do Mercosul no mercado brasileiro e o adiamento das vendas pelos produtores nacionais poderão derrubar os preços no segundo semestre, segundo Pereira.

Além disso, a manutenção desses preços com remuneração e o clima favorável poderão elevar a área da próxima safra. Isso preocupa porque pode derrubar os preços, afirma o presidente do Irga. Ele recomenda o plantio de parte da área com outras culturas, como a soja.

A safra deste ano fica entre 7,8 milhões e 7,9 milhões de toneladas no Rio Grande do Sul. A produtividade é de 7.500 quilos por hectare.

O mercado externo está com queda de preços neste período do ano, devido à presença menor da China.

Adiamento Fabricantes de cachaça se movimentam mais uma vez para um adiamento do prazo para a adoção da instrução normativa 27, que estabelece em 150 microgramas por litro o limite para a presença do carbamato de etila.

Redução A substância, considerada cancerígena pela Organização Mundial da Saúde, forma-se naturalmente em alimentos e bebidas e precisa ser reduzida a partir de cuidados no processo de fabricação.

Quando vence O limite de 150 microgramas, já adotado em alguns países, foi estabelecido em 2005 pela IN 13, para a adoção em cinco anos. Após dois adiamentos, o novo prazo vence em 29 de junho de 2014.

Auxílio A queda nos preços da soja já chega ao bolso dos consumidores, segundo a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas). Após um início de ano em alta, o produto deverá acumular recuo de 9% de janeiro a abril.

Segunda geração de etanol pode dobrar o rendimento

A busca pelo etanol de segunda geração pode significar, no início, uma oferta de 35% mais produto por hectare de cana-de-açúcar.

No médio e longo prazos, o aprendizado e o consequente aprimoramento dessa nova tecnologia permitirá às empresas dobrar o rendimento de álcool por hectare, segundo Alfred Szwarc, consultor da Unica.

O rendimento atual é de 7.000 litros de etanol por hectare de cana, dependendo das condições do canavial. Muitas empresas já iniciaram essa corrida pelo etanol de segunda geração, entre elas petrolíferas, unidades de pesquisas e até montadoras.

É uma corrida tecnológica de oportunidades. Quem chegar primeiro ganha mercado, diz o consultor.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página